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Polícia Federal realiza buscas na casa de homem que quebrou relógio no Palácio do Planalto

Polícia Federal realiza buscas na casa de homem que quebrou relógio no Palácio do Planalto

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) realizou buscas, nesta terça-feira (24), na casa do homem que foi filmado no memento em que destruía um relógio do século 17 durante os ataques de vandalismo à praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. O rapaz mora em Catalão, cidade do interior de Goiás com 113 mil habitantes, em um imóvel simples, pequeno, dividido em dois cômodos e tem poucos móveis.

O homem foi preso na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, nesta segunda-feira (23). O suspeito foi identificado como Antônio Cláudio Alves Ferreira e tem 30 anos. De acordo com a polícia, ele vai permanecer preso na cidade mineira.

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O relógio foi um presente da França ao então rei Dom João 6º e ficava no 3º andar do Palácio do Planalto. O objeto raro foi produzido na França pelo relojoeiro Balthazar Martinot, que trabalhava para a corte francesa.

Câmeras de videomonitoramento flagraram o momento exato em que o homem jogou o objeto no chão e o destruiu. Nas imagens, ele vem caminhando, para, derruba o relógio no chão e revira mesas e cadeiras. Depois, retorna e tenta destruir a câmera de segurança com um extintor de incêndio.

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O governo federal pediu ajuda a uma relojoaria da Suíça para recuperar o relógio de Martinot. O prejuízo total dos estragos causados pelos atos em Brasília no dia 8 de janeiro é estimado em R$ 18,5 milhões.

Vídeo mostra golpista quebrando relógio histórico no Planalto

Uma semana após a invasão e depredação da praça dos Três Poderes, novas imagens mostram as ações dos golpistas dentro do Palácio do Planalto, onde destruíram um relógio histórico e uma obra de arte. As câmeras de segurança também flagraram o rosto das pessoas que invadiram o prédio, localizado na praça dos Três Poderes, em Brasília.

No vídeo gravado por câmeras de segurança do 3º andar, é possível ver o momento em que o homem joga o relógio de Balthazar Martinot no chão e derruba mesas e cadeiras. Outras imagens ainda mostram os invasores arrancando cortinas e quebrando vidros do palácio.

Veja as obras destruídas pelos golpistas

No andar térreo:
• Obra Bandeira do Brasil, de Jorge Eduardo, de 1995 — a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao Palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes instalados.

• Galeria dos ex-presidentes — totalmente destruída, com todas as fotografias retiradas da parede, jogadas ao chão e rasgadas.

No 2º andar:
• O corredor que dá acesso às salas dos ministérios que funcionam no Planalto foi brutalmente vandalizado. Há muitos quadros rasurados ou quebrados, especialmente fotografias. O estado de diversas obras não pôde ainda ser avaliado, pois é necessário aguardar a perícia e a limpeza dos espaços para só daí ter acesso às obras

No 3º andar:
• Obra As Mulatas, de Di Cavalcanti — a principal peça do Salão Nobre do Palácio do Planalto foi encontrada com sete rasgos, de vários tamanhos. A obra é uma das mais importantes da produção do autor. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças dessa magnitude costumam alcançar valor até cinco vezes maior em leilões.
• Obra O Flautista, de Bruno Giorgi — a escultura de bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliada em R$ 250 mil.
• Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg — quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil.
• Mesa de trabalho de Juscelino Kubitschek — exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.
• Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues — o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.
• Relógio de Balthazar Martinot — o relógio de pêndulo do Século 17 foi um presente da corte francesa para dom João 6º. Martinot era o relojoeiro de Luís 14. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas tem a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor desta peça é considerado fora de padrão.

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