A reforma administrativa proposta pela gestão de Elmano de Freitas foi alvo de críticas do ex-prefeito Roberto Cláudio. O pedetista foi o entrevistado desta sexta-feira do programa Revista 1ª edição, da Jovem Pan News Fortaleza. O gestor também traçou perspectivas sobre oposições do PDT Ceará, reforçou “oposição construtiva” ao governador Elmano de Freitas e analisou o cenário político.
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Reforma administrativa proposta por Elmano
“Como é que você vai explicar para a população que a situação financeira do estado é grave e eu preciso de sacrifícios e a primeira medida que o governo poderia fazer, ele está fazendo o contrário. Ele está mandando uma reforma que não é reforma, é criação de cargos. Uma pancada de secretarias executivas, um conjunto de órgãos novos que não são despesas temporárias. Isso vai entrar no custo do governo a partir do prximo mês”, afirmou o pedetista.
“Acho honestamente uma ameaça e risco extraordinário ao Ceará do que vem sendo proposto (reforma administrativa)”, opinou o ex-prefeito. Apesar das críticas, Roberto Cláudio afirmou que deve protagonizar uma “oposição construtiva”. “Vou ser uma posição construtiva e muitas vezes vou apoiar medidas que julgo corretas. Costumo dizer que quem foi governo como eu fui, não tem o direito de fazer uma oposição irresponsável porque você viveu na pele a tarefa de ser governo. Eu quero ser equilibrado e justo no papel da oposição”, disse.
O ex-prefeito também falou da relação que tem com o ex-governador Cid Gomes. “Relações pessoas cordiais. Não tem inimigos na política, tenho adversários de ideias. Temos que levar a vida com leveza”, garantiu.
Confira entrevista na íntegra
Críticas
Nesta semana, o candidato derrotado ao governo do Ceará postou nas redes sociais críticas ao projeto de reforma administrativa, de equilíbrio fiscal e captação de empréstimo sugerido pela gestão de Elmano de Freitas. “Examinando a matéria da reforma administrativa que o Governo do Estado envia à Assembleia Legislativa, fui surpreendido com a criação de 10 novas secretarias sem que secretarias anteriormente existentes sejam fundidas ou extintas. Pelo contrário, em alguns casos, secretarias foram desmembradas para a criação de novas secretarias e cargos a serem ocupados”, escreveu.
“No mesmo pacote de projetos de lei enviados à Assembleia, o Governo propõe aumentar a carga tributária do Estado (no caso ICMS de combustíveis, energia e comunicações de 18% para 20%); reduzir benefícios fiscais para empresas que estão gerando empregos no interior do Ceará nesse momento de crise; e pede autorizacao para um novo financiamento junto ao Banco do Brasil (R$ 900 milhões) para adiar o pagamento da dívida pública do Estado! É uma grande contradição!”, frisou o ex-prefeito.
Sobre a arrecadação da receita do ICMS, o ex-prefeito destacou o cenário para a economia cearense. “O Estado do Ceará perdeu, entre julho e dezembro do ano passado, 1,13 bilhão de receita de ICMS. E há a expectativa de perda de mais de 2 bilhões de receita, só de ICMS, neste ano”, informou em postagem nas redes sociais.
Elmano critica postura de ex-prefeito Roberto Cláudio
Em janeiro deste ano, o governador do Ceará, Elmano de Feitas (PT), elogiou o legado do senador Cid, revelou mágoas com o ex-governador Ciro Gomes e criticou posicionamento do ex-prefeito Roberto Cláudio, todos do PDT. As afirmações foram repercutidas em entrevista ao programa Jovem da Manhã Fortaleza, da Jovem Pan News Fortaleza.
Sobre o ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), o governador se limitou a avaliar o trabalho do pedetista na Prefeitura de Fortaleza. “Eu acho que o Roberto Cláudio deu sua contribuição como prefeito. E acho que ele colaborou com o município de Fortaleza. Acho que também cometeu erros, especialmente, em políticas sociais que Fortaleza tinha e foram secundarizadas, mas acho que ele deu sua contribuição. Eu devo reconhecer isso”, pontuou.
Um dos “erros graves” do ex-prefeito, segundo o governador, foi do PDT “não reconhecer que a Izolda Cela tinha o direito à reeleição”. “Depois na disputa eleitoral passaram a atacar Camilo e Izolda, demonstrando uma postura pouco grata”, conclui o petista.
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