O Ceará alcançou a marca de 100 coletas de medula óssea alogênica não aparentada, cujo doador e paciente não têm parentesco. O material da centésima coleta será utilizado em um transplante fora do estado. Oferecido à população cearense desde 2012, o serviço já enviou bolsas, inclusive, para outros estados e países.
A coleta foi realizada pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). O órgão nacional é responsável pela busca de compatibilidade entre voluntários e pacientes que precisam de transplante. Segundo a coordenadora de Captação de Doadores da unidade estadual, Nágela Lima, o hemocentro trabalha em parceria com o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) para cadastrar as pessoas e ajudar a localizá-las quando houver necessidade de convocação.
Cadastro para doar medula óssea
No Ceará, a população pode se cadastrar em uma das unidades do Hemoce em Fortaleza ou no Interior. É preciso, no entanto, ter de 18 a 35 anos e não apresentar histórico pessoal de doenças oncológicas. Cerca de 220.000 mil voluntários já foram inscritos pelo hemocentro no Redome.
Das cem amostras de células recolhidas, 60 foram para transplantes em outros estados e 40, para outros países – como Argentina, Estados Unidos, Canadá, Itália, França, Portugal, Holanda, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Turquia e Israel.
“O serviço permite que pacientes sem doador na família e residentes em qualquer lugar do mundo tenham acesso ao tratamento curativo do transplante de medula óssea a partir das células-tronco coletadas pelo Hemoce de doadores voluntários e anônimos”, detalha a diretora de Hematologia da instituição, Luany Mesquita.
Nova lei qualifica busca por doadores
Com a promulgação da Lei nº 14.530 no início de 2023, os hemocentros brasileiros e o Redome agora podem solicitar dados de doadores de medula óssea a órgãos da administração direta e indireta da União, de estados e de municípios. A medida é uma alternativa quando não for possível localizar os voluntários por meio das informações cadastradas no Registro – ou quando estas estiverem desatualizadas.
Nágela Lima explica que uma das dificuldades é encontrar pessoas que mudaram de telefone ou de endereço, por exemplo. “Diante de qualquer alteração nos dados, é possível atualizá-los nas unidades do Hemoce ou no aplicativo do Redome”, ressalta.
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