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Crianças menores de 4 anos são as mais atingidas pelo vírus sincicial respiratório

Crianças menores de 4 anos são as mais atingidas pelo vírus sincicial respiratório

Foto: Divulgação

Apesar de o nome não ser muito popular, o vírus sincicial respiratório (VSR) é responsável pela maior parte das internações por síndrome gripal em Fortaleza.

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Na penúltima semana de março, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou um boletim que mostra um crescimento expressivo nas internações por complicações causadas pelo vírus. Os sintomas se assemelham aos de uma gripe, mas, diferente dela, o VSR não tem vacina preventiva.

Na capital cearense, 13% dos casos de síndrome gripal que chegam diariamente ao Hospital Infantil Sopai neste período de chuvas foram causados pelo vírus sincicial. Segundo a diretora clínica da unidade, Joana Maciel, as crianças menores de 4 anos são as mais acometidas.

“Aqui no Nordeste, particularmente, durante e após o período chuvoso, a gente tem uma maior circulação viral e o Sopai é sentinela para a vigilância desses vírus e colabora com o Sistema Único de Saúde. Aqui, como também no estado e no país todo, a gente percebe que o vírus que mais está causando doenças nas crianças, principalmente as respiratórias, é o sincicial”, disse Joana.

A orientação médica é que os hospitais sejam buscados apenas quando houver sintomas graves. A prevenção se dá da mesma forma de outras doenças transmitidas pelo ar.

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Vírus sincicial respiratório

O VSR é classificado como um pneumovírus, tendo subgrupos A e B. Segundo o Manual Merck de Diagnóstico e Tratamento, ele é “onipresente” e “quase todas as crianças são infectadas aos quatro anos de idade”.

“Como a resposta imunitária ao VSR não protege contra reinfecção, a taxa de ataque é de aproximadamente 40% para todas as pessoas expostas. Contudo, anticorpos contra o VSR diminuem a gravidade da doença. O VSR é a causa mais comum de doença do trato respiratório inferior em crianças pequenas”, acrescenta o manual.

Desta forma, os bebês acabam sendo mais suscetíveis a desenvolver complicações respiratórias por causa do vírus sincicial respiratório justamente pela ausência de anticorpos adquiridos.

A infecção pelo VSR pode evoluir para quadros de bronquiolite (inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões) ou para pneumonia (infecção dos pulmões). Em casos que não requerem hospitalização para suplementação de oxigênio, o tratamento é de suporte. Consiste em manter bons níveis de hidratação e medicamentos para febre e dor, quando necessários.

Acompanhe a reportagem de Evelyn Ferreira, da TV Cidade Fortaleza:

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