Em nota, a defesa aponta ainda que, depois de acessar os autos investigativos, fará os pedidos de revogação das prisões
Carlomano Marques deve ficar em silêncio em depoimento, diz defesa
A defesa do prefeito afastado de Pacatuba, Carlomano Marques (MDB), vai orientar o gestor a permanecer em silêncio enquanto não tiver acesso aos autos da investigação. Carlomano e oito secretários foram alvos de uma operação deflagrada pela Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), do Ministério Público do Ceará, na última terça-feira (18).
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“Respeitamos a atuação das autoridades dedicadas na apuração dos fatos, mas não concordamos que os investigados sejam arrebatados e presos primeiro para posteriormente prestarem depoimentos. Tanto que nossa orientação será de que façam uso do constitucional direito ao silêncio enquanto a defesa não obtiver amplo acesso aos autos”, diz o advogado Leandro Vasques.
Em nota, a defesa aponta ainda que, depois de acessar os autos investigativos, fará os pedidos de revogação das prisões, pois todos são primários, ostentam modelares antecedentes, exercem atividade lícita e residência conhecida”.
Prisão de Carlomano Marques
De acordo com a denúncia, um suposto esquema criminoso atuava na contratação de empresas de forma irregular para prestação de serviço na cidade. O Poder Judiciário determinou também o imediato encerramento dos contratos da Prefeitura com as pessoas físicas e jurídicas investigadas. Durante a operação, ainda foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão nos municípios de Pacatuba, Caucaia, Fortaleza, Horizonte e Iguatu, sendo apreendidos cerca de R$ 400 mil durante o cumprimento dos mandados.
A investigação apura a prática de crimes contra a administração pública e licitatórios no âmbito da Prefeitura Municipal de Pacatuba, especialmente nos anos de 2021 e 2022. Segundo a Procap, diversas unidades gestoras/secretarias faziam uso sistemático de dispensas de licitação, mediante a contratação de fornecedores, incluindo pessoas físicas, com indicativo de ausência de capacidade operacional, visando a execução de uma multiplicidade de atividades, com despesas estimadas em R$ 19 milhões.
Estado de saúde
O então prefeito Carlomano Marques passou mal e teve que ser hospitalizado em uma unidade hospitalar de Fortaleza, na terça-feira (18), quando foi alvo de operação do Ministério Público, na cidade de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. O político esteve sob escolta policial.
Em nota, a defesa do prefeito afastado possui comorbidades. “Adianto que expusemos aos representantes do Ministério Público que estavam a cumprir a ordem judicial que o prefeito Carlomano Marques, que é septuagenário, precisava ser hospitalizado por reunir algumas comorbidades sensíveis que repercutem em sua saúde como, hipertensão, sequelado de avc, portador de insuficiência cardíaca grave e miocardiopatia isquêmica, no que os senhores Promotores de Justiça, prudente e responsavelmente aquiesceram. Desta forma o prefeito Carlomano já se encontra internado numa unidade hospitalar à disposicao das autoridades, pois sequer reunia cenário favorável a prestar depoimento”, diz o documento.
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