APÓS RENÚNCIA

Ex-chefe do GSI, Gonçalves Dias foi o ministro que ficou menos tempo no cargo em um governo Lula

Dias permaneceu apenas 3 meses e 18 dias na função e renunciou ao cargo após a divulgação de um vídeo do ministro no Palácio do Planalto durante os atos golpistas do dia 8 de janeiro

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19 de abril de 2023
Igor Silveira

Marco Gonçalves Dias foi o ministro que ficou menos tempo no cargo durante os 3 mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência da República. O agora ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) renunciou ao cargo nesta quarta-feira (19) após a divulgação de um vídeo do ministro no Palácio do Planalto durante os atos golpistas registrados no dia 8 de janeiro deste ano, em Brasília.

Ex-chefe do GSI, Gonçalves Dias foi o ministro que ficou menos tempo no cargo em um governo Lula
Foto: Ricardo Stuckert/PR

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Dias permaneceu 3 meses e 18 dias na função. Até então, o ministro que havia ficado menos tempo em um governo de Lula havia sido Silas Rondeau, do Ministério de Minas e Energia (4 meses e 22 dias).

Gonçalves Dias deixa o GSI

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados iria ouvir o ministro-chefe do GSI sobre os ataques, mas Gonçalves informou que não compareceria devido a problemas de saúde. Ele apresentou um atestado médico indicando um quadro clínico agudo e que necessitaria de observação e medicação.

O pedido para realização da audiência pública foi do deputado Coronel Meira (PL-PE). Ele queria explicações do ministro sobre a alegação de que o governo federal teria recebido vários alertas quanto ao risco iminente de ataques aos prédios públicos localizados na Praça dos Três Poderes.

Vídeo com golpistas

As imagens divulgadas mostram Gonçalves Dias e funcionários do GSI circulando entre os invasores no Palácio do Planalto no dia dos atos golpistas. Um dos funcionários do Gabinete aparece conversando com invasores e os cumprimenta. Outro funcionário entrega água mineral para os vândalos.

O GSI afirmou que agiu, em um primeiro momento, para desocupar o 3º e 4º andar do palácio, concentrando os criminosos no 2º andar, até a chegada do reforço da polícia militar do DF, quando foi possível realizar as prisões. Segundo o órgão, as imagens do Palácio do Planalto estão sob sigilo de inquérito policial, sendo que o órgão não autorizou e nem liberou qualquer imagem que não seja destinada aos órgãos responsáveis.

O GSI ainda disse que as condutas de agentes públicos do órgão estão sendo apuradas e, se forem comprovadas irregularidades, os autores serão responsabilizados.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República também afirmou, em nota, que todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de outubro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal, em inquérito autorizado pelo STF, e apresentados para a justiça.

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