A falta de sintomas claros e os sinais inespecíficos da doença fazem com que muitas pessoas levem anos até descobrirem o problema
Metade dos brasileiros com hipertensão arterial desconhece sua condição, alerta médico especialista
A hipertensão arterial, conhecida popularmente como ‘pressão alta’, afeta 35% da população brasileira, porém, metade desses pacientes não tem conhecimento de sua condição. A falta de sintomas claros e os sinais inespecíficos da doença fazem com que muitas pessoas levem anos até descobrirem o problema, muitas vezes, apenas quando ocorre uma complicação grave.

De acordo com o doutor Daniel Lerario, médico endocrinologista e especialista em hipertensão, o fato de manter a pressão arterial alta eleva significativamente os riscos de doenças graves, como Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou ataque cardíaco. Isso ocorre porque a doença provoca o estreitamento das artérias, fazendo com que o coração precise se esforçar mais para bombear sangue para o organismo e recebê-lo de volta, o que pode danificar as artérias e causar dilatação do coração.
Como identificar a hipertensão?
A hipertensão é caracterizada quando a pressão arterial apresenta valores iguais ou superiores a 14 por 9 (140 mmHg x 90 mmHg). “As principais causas são: obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse e hábitos alimentares inadequados, incluindo a ingestão excessiva de álcool, sal, alimentos ultra-processados e gorduras. Há também fatores genéticos que aumentam o risco de desenvolvimento da doença, então pessoas com familiares hipertensos devem redobrar os cuidados”, explica o doutor Daniel.
Dicas para controlar a pressão
A nutricionista Claudia Mendonça, especialista em Nutrição, Saúde e Alimentação infantil, destaca que a primeira dica para prevenção e controle da hipertensão arterial é reduzir o consumo de sal. Cerca de 90% do sódio que consumimos está presente no sal de cozinha, um tempero amplamente utilizado na culinária brasileira. No entanto, seu consumo excessivo pode ser prejudicial à saúde. Portanto, é importante evitar seu uso em excesso e substituí-lo sempre que possível por outros temperos naturais.
“Ao preparar alimentos, podemos substituir o sal por temperos frescos e naturais, como alho, cebola, ervas aromáticas e especiarias, que conferem sabor aos alimentos”, sugere a nutricionista.
É importante ressaltar que o sal está presente em grande quantidade em alimentos processados e ultra-processados, enlatados, embutidos, conservas e até mesmo em alimentos como pipoca de micro-ondas, macarrão instantâneo, refrigerantes diet e zero, e adoçantes. Portanto, é recomendado evitar o consumo desses alimentos.
“Sempre que possível, devemos optar por uma alimentação saudável, priorizando alimentos frescos e minimizando o consumo de alimentos industrializados, ou seja, dando preferência à comida caseira, simples e saborosa”, sugere Claudia.
Segundo o Ministério da Saúde, a população brasileira consome em média 12g de sal por dia, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde e pelo Guia Alimentar do Ministério da Saúde é de 5g.
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