Uma operação deflagrada nesta sexta-feira (28) pelo Ministério Público do Ceará e pela Polícia Civil desarticulou um esquema criminoso milionário que atuava em jogos esportivos e de azar (jogo do bicho) nos municípios de Apuiarés e Pentecoste, no interior do Ceará. A ofensiva cumpriu quatro mandados de busca e apreensão domiciliar e de 10 mandados de prisão temporária.
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Os alvos da operação estavam sendo investigados em um inquérito que apura a prática de associação criminosa e crimes conexos praticados pelo grupo, incluindo tentativas de homicídio, roubos, ameaças, incêndio criminoso, entre outros. Os envolvidos usavam armas de fogo para impor o encerramento das atividades do “jogo do bicho” e de apostas esportivas para, após certo período, os estabelecimentos serem reabertos com a suposta autorização da organização criminosa.
Esquema milionário no “jogo do bicho”
De acordo com o promotor de Justiça Jairo Pequeno Neto, os envolvidos atuavam na monopolização dos jogos por meio de extorsões.
“Nosso objetivo é desestruturar financeiramente a organização criminosa. A Polícia Civil e o Ministério Público vêm mapeando e desestruturando a união de uma determinada organização criminosa com os jogos de azar na capital e interior do Ceará”, pontuou.
Operação Jogo Incerto
Em 29 de julho de 2022, foi deflagrada a primeira fase da Operação Jogo Incerto. À época, a organização criminosa era suspeita de coagir proprietários e funcionários de casas de jogos no Ceará. A associação, de origem do Rio de Janeiro, foi investigada por impor o encerramento de diversas atividades de apostas esportivas e do popularmente conhecido “jogo do bicho” e, posteriormente, reativá-las sob o comando da organização.
Na ocasião, foram cumpridos 15 mandados, sendo seis de prisão temporária e nove de busca e apreensão, nos municípios de Apuiarés, Pentecoste e Itapipoca, localizados no Vale do Curu. Os alvos dos mandados são investigados pelos crimes de associação criminosa e extorsão.
Um dos presos era investigado por ameaçar e coagir proprietários e funcionários ligados aos jogos; outro era gerente dos negócios; e os outros quatro presos eram donos de estabelecimentos, que aderiram à proposta da facção. A operação apreendeu ainda maquinários de aposta, dinheiro e um veículo Fiat Toro.
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