Conforme o documento, Antônio Dourado apresentava sintomas como insônia, desânimo, dificuldade de concentração e instabilidade emocional
Antes de chacina, psicóloga deu atestado de 15 dias a policial que matou colegas em Camocim, no Ceará
O policial civil Antônio Alves Dourado, de 44 anos, recebeu um atestado médico de 15 dias de descanso por problemas psicológicos, três dias antes de executar a chacina que matou outros quatro policiais na delegacia de Camocim, no interior do Ceará. O documento foi emitido por uma psicóloga da Multiclínica Camocim, no dia 11 de maio deste ano.
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Conforme o atestado, a psicóloga descreveu que Antônio Dourado apresentava sintomas como insônia, desânimo, dificuldade de concentração e instabilidade emocional “necessitando de 15 dias de descanso e de afastamento dos serviços laborais por 15 dias”.
Chacina de policiais em Camocim, no Ceará
Quatro policiais civis foram mortos a tiros na madrugada deste domingo (14) dentro da Delegacia Regional de Camocim. De acordo com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), o suspeito também é um policial civil e foi preso. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) e órgãos vinculados “lamentam profundamente o episódio ocorrido”, em nota.
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que foram adotadas todas as medidas possíveis para viabilizar a solução do caso.
O policial que assassinou quatro colegas, em Camocim, litoral oeste do Ceará, neste domingo (14), chegou por volta de 4h40 da madrugada na delegacia da cidade pilotando uma motocicleta. O atirador chegou pelos fundos da delegacia, pulou o muro e foi para o andar de cima do prédio.
Nesse local, ele encontrou o plantonista, que foi o primeiro a ser morto. Era Antônio Cláudio dos Santos. Após essa ação, ele foi para os dormitórios, onde estavam os outros 3 policiais. Todos foram mortos ali. Eram Antônio José Rodrigues Miranda, Francisco dos Santos Pereira e Gabriel de Souza Ferreira.
A polícia encontrou gás de cozinha no local, e várias mangueiras conectadas que conduziam esse gás, o que levantou a suspeita de que o plano do policial era asfixiar os colegas. Ele premeditou o crime, e pretendia matar os outros policiais que renderiam o plantão. Após os disparos chamarem a atenção, viu que não seria mais possível executar o plano inicial e fugiu em uma viatura, mas abandonou o carro e depois foi preso e autuado em flagrante. Ele segue detido.
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