O corpo do escrivão Francisco dos Santos Pereira foi sepultado no final da tarde desta segunda-feira (15), no Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza. Ele é uma das quatro vítimas da chacina que ocorreu dentro da Delegacia Regional de Camocim, no último domingo (14). Mais cedo, ainda no velório, parentes e amigos prestaram as últimas homenagens ao policial morto por um colega de trabalho.
“Chicão”, como era conhecido, tinha o sonho de se tornar delegado. Ele foi a última vítima do atirador, que também é policial. O escrivão estava no andar de cima do prédio e, ao ouvir os disparou, pulou por uma janela para fugir do ataque. Entretanto, ficou machucado devido à queda e não conseguiu chegar ao portão de saída da delegacia.
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Ceará informou que acompanha a situação desde as primeiras horas e que presta apoio psicológico aos familiares dos policiais. Além disso, a instituição também realiza campanhas constantes contra assédio moral e sexual no ambiente de trabalho policial.
“É necessário também um amparo é jurídico, porque essas famílias desses quatro policiais eles vão ter que pegar e passar meses pra receber uma aposentadoria, uma pensão. Então, isso é injusto. Então, a gente precisa mudar esse sistema também. Familiares, de outros colegas que já vivenciaram esse problema já entraram em contato conosco justamente alertando pra que a gente cobre celeridade ao Estado para a aposentadoria nas pensões das viúvas. É fundamental porque é um direito legítimo e já estão sofrendo com a falta do ente querido”, detalha Marcos Cavalcante.
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