CEARÁ

Chacina em Camocim: inspetor não apresentou atestado médico solicitando afastamento antes do crime

Dourado recebeu um atestado médico de 15 dias de descanso por problemas psicológicos, três dias antes do crime

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16 de maio de 2023
Portal GCMAIS

O inspetor da Polícia Civil Antônio Alves Dourado, de 44 anos, não apresentou atestado médico solicitando afastamento da função antes de executar a chacina que matou outros quatro policiais na delegacia de Camocim, no interior do Ceará. Conforme a Polícia Civil do Ceará, não foi recebida qualquer documentação solicitando afastamento do servidor no Departamento de Gestão de Pessoas (DGP).

Chacina em Camocim: inspetor não apresentou atestado médico solicitando afastamento antes do crime
Foto: Reprodução

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Dourado recebeu um atestado médico de 15 dias de descanso por problemas psicológicos, três dias antes do crime. O documento foi emitido por uma psicóloga da Multiclínica Camocim, no dia 11 de maio deste ano. Conforme o atestado, a psicóloga descreveu que Antônio Dourado apresentava sintomas como insônia, desânimo, dificuldade de concentração e instabilidade emocional “necessitando de 15 dias de descanso e de afastamento dos serviços laborais por 15 dias”.

Ainda segundo a Polícia Civil, o servidor tinha conhecimento dos trâmites de pedidos de licença, pois foram constatados nos registros funcionais três licenças para tratamento de saúde: duas por problemas na coluna, em 2019, e uma para tratamento de Covid-19, em 2022.

As investigações apontam que o crime ocorreu quando o suspeito estava de folga. O prosseguimento e a conclusão das investigações estão a cargo da Delegacia de Assuntos Internos (DAI). Após audiência de custódia, na última segunda-feira (15), a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

Chacina em Camocim

Quatro policiais civis foram mortos a tiros na madrugada de domingo (14) dentro da Delegacia Regional de Camocim. De acordo com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), o suspeito também é um policial civil e foi preso. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) e órgãos vinculados “lamentam profundamente o episódio ocorrido”, em nota.

O policial que assassinou quatro colegas, em Camocim, litoral oeste do Ceará, neste domingo (14), chegou por volta de 4h40 da madrugada na delegacia da cidade pilotando uma motocicleta. O atirador chegou pelos fundos da delegacia, pulou o muro e foi para o andar de cima do prédio.

Nesse local, ele encontrou o plantonista, que foi o primeiro a ser morto. Era Antônio Cláudio dos Santos. Após essa ação, ele foi para os dormitórios, onde estavam os outros 3 policiais. Todos foram mortos ali. Eram Antônio José Rodrigues Miranda, Francisco dos Santos Pereira e Gabriel de Souza Ferreira.

A polícia encontrou gás de cozinha no local, e várias mangueiras conectadas que conduziam esse gás, o que levantou a suspeita de que o plano do policial era asfixiar os colegas. Ele premeditou o crime, e pretendia matar os outros policiais que renderiam o plantão. Após os disparos chamarem a atenção, viu que não seria mais possível executar o plano inicial e fugiu em uma viatura, mas abandonou o carro e depois foi preso e autuado em flagrante. Ele segue detido.

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