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Longevidade das empresas familiares é vital para a economia

Longevidade das empresas familiares é vital para a economia

Rafael Saldanha, sócio da RS Governance (Foto: Divulgação)

Um dos principais desafios enfrentados pelos herdeiros de empresas familiares é preservar e dar continuidade ao sonho que foi construído exclusivamente para eles. Afinal, os pais trabalham incansavelmente visando o futuro de seus filhos. No entanto, para assumir esse sonho como próprio, é necessário que o herdeiro mergulhe na história, compreenda o esforço e a dedicação que seus antecessores dedicaram para construir o presente. Somente assim ele poderá contribuir para a perenidade desse legado. Números recentes evidenciam a importância da longevidade dessas empresas, não apenas para a família empresarial, mas também para os funcionários e para toda sociedade.

No Brasil, 90% das empresas têm perfil familiar, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, essas empresas respondem por mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) e empregam 75% da mão de obra do país. Globalmente, as 500 maiores empresas familiares empregam 24,52 milhões de pessoas e geram uma receita de US$ 8,02 trilhões, um aumento de 10% em relação a 2021, conforme o índice mundial de empresas familiares. Essa contribuição é tão significativa que, se essas empresas fossem uma economia nacional, seriam a terceira maior do mundo, depois dos Estados Unidos e da China, de acordo com um levantamento da EY e da Universidade de St.Gallen.

Empresas familiares e a economia

A longevidade das empresas familiares é tanto um desejo quanto uma preocupação para as famílias herdeiras. Investir em governança corporativa, por exemplo, tem motivado gestores a adotar essa ferramenta como necessária para garantir a continuidade das operações empresariais. E no Ceará, a realidade não é diferente.

Segundo Rafael Saldanha, sócio da RS Governance, profissionais de diferentes áreas vêm se especializando para ajudar as famílias na sucessão e continuidade dos negócios cearenses. Entre esses profissionais, estão os ligados às áreas de finanças, governança e gestão, como advogados, psicólogos, especialistas na área de investimento social e filantropia.

“Alguns conhecimentos são necessários para famílias que têm empresa e familiares trabalhando dentro dela”, destaca Saldanha, que aponta haver uma relação família-empresa peculiar, em que há várias subjetividades – de um marido trabalhando com a esposa; marido e esposa trabalhando com filhos; posteriormente netos. “Então, essas relações – que são muito subjetivas -, acabam podendo trazer problemas, tanto para empresa como para a família – e costumam trazer”.

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Para o especialista, algumas famílias cearenses, principalmente as maiores e mais tradicionais, já foram buscar fora do Ceará – até pela falta, historicamente, no Estado – ter todo esse conhecimento, e até fornecedores de consultoria de escritório de advocacia de empresas financeiras que tivessem isso. “Mas hoje tudo isso pode ser encontrado aqui em Fortaleza, e no Ceará”, observa.

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