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Trump diz que tinha plano pra ‘tomar a Venezuela e pegar todo petróleo’

Foto: Reprodução

O ex-presidente americano Donald Trump disse que, em seu governo, os Estados Unidos tinham um plano pra sabotar a Venezuela. Segundo o ex-mandatário, a trama seria “tomar o controle do país e pegar todo o seu petróleo”, tomando assim o controle do país presidido pelo ditador Nicolás Maduro. A afirmação foi feita em um evento do Partido Republicano, no estado da Carolina do Norte, nesse sábado (10). Trump está na disputa pra ser o candidato dos Republicanos à Casa Branca, ano que vem.

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O ex-presidente americano criticou a forma como o atual presidente, Joe Biden, conduz a política internacional com a Venezuela. Na gestão Biden, os Estados Unidos voltaram a comprar petróleo venezuelano. Trump disse, ainda, que, com a situação difícil, a Venezuela seria facilmente tomada.

“E quanto a estarmos comprando petróleo da Venezuela? Quando eu saí, a Venezuela estava prestes a colapsar, nós teríamos tomado o país e pegaríamos todo aquele petróleo, teria sido ótimo”, disse Trump.

Ele ainda criticou o petróleo produzido pelo país latino-americano. O magnata foi taxativo ao dizer que o produto é de má qualidade e exige muito trabalho para o refino.

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“Mas agora estamos comprando petróleo da Venezuela, então estamos enriquecendo um ditador. Vocês acreditam? Ninguém consegue acreditar nisso. E o petróleo deles é um lixo, é horrível, é o pior que se pode conseguir, é como alcatrão. E para refinar, você precisa de refinarias especiais”.

Derrota de Trump

Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos em 2016, mas foi derrotado na eleição seguinte, em 2020, por Joe Biden, do Partido Democrata, quando tentava se reeleger. Não é comum presidentes no cargo não serem reeleitos. No Brasil aconteceu a mesma coisa, quando, em 2022, Jair Bolsonaro foi derrotado por Lula.
Após a derrota, Trump já dava sinais de que gostaria de ser o candidato do Partido Republicano em 2024, o que tem ganhado força. O evento desse sábado foi mais uma prova de que ele está em campanha para ser o candidato do partido.

Regime de Maduro

A Venezuela é governada pelo ditador Nicolás Maduro desde 2012, quando ele assumiu interinamente, por causa da doença de seu antecessor, Hugo Chávez. Maduro era o vice de Chávez. Desde então, ele governa o país sob fortes críticas internacionais.

A última veio por parte da Organização das Nações Unidas (ONU). Em março, O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas recebeu um relatório da Missão de Apuração dos Fatos sobre a Venezuela.

Segundo o grupo, “o governo do país segue perseguindo e atacando quem critica o regime e prendendo integrantes da sociedade civil por motivos políticos”. Ainda de acordo com a ONU, a crise político-econômica na Venezuela se agravou nos últimos anos. Desde então, “as prisões arbitrárias e detenções sob pretexto político se tornaram uma preocupação”. De acordo com organizações de direitos humanos, pelo menos 282 pessoas continuam detidas tanto civis como militares.

Maduro no Brasil

No fim de maio, após 8 anos, Nicolás Maduro veio o Brasil e encontrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Maduro estava proibido de entrar no país por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Após o convite de Lula, ele foi recebido no Palácio do Planalto.

Na visita ao país, ele participou de cúpula de presidentes sul-americanos em Brasília. Foi a primeira vez que Maduro vem ao Brasil desde julho de 2015, quando participou de uma cúpula do Mercosul realizada em Brasília, durante o governo Dilma Rousseff. O encontro simbolizou a retomada das relações entre os dois países, que haviam sido suspensas durante o governo Jair Bolsonaro

Críticas

O presidente venezuelano recebeu honras de chefe de Estado do cerimonial do governo brasileiro. Ele subiu a rampa do Palácio do Planalto, participou de uma reunião bilateral com Lula e foi em seguida recebido para um almoço no Itamaraty. A recepção gerou críticas de parlamentares que não concordaram com a forma como o ditador foi recepcionado, visto que seu governo é alvo de denúncias de violações de direitos humanos e censura da imprensa.

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados aprovou uma Moção de Repúdio à visita oficial ao Brasil do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no dia 29 de maio.

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