O julgamento dos quatro policiais militares acusados de um dos maiores crimes no Ceará, a ‘Chacina do Curió’, deve seguir até sexta-feira (23), no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Conforme denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), os carros usados pelos réus foram flagrados, na região onde o massacre ocorreu. Estão sendo julgados Marcus Vinícius Sousa da Costa, António José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio. Para acompanhar em tempo real, o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE), disponibilizou link que atualiza em rempo real as movimentações do juri.
O carro Wellington Veras Chagas foi captado por câmera do Departamento de Trânsito do Ceará (Detran-CE) trafegando na Grande Messejana. As imagens mostram que o veículo transitava com uma placa que não constava registrada em sistemas policiais, mas, em seguida, os investigadores notaram que os números haviam sido adulterados. O MPCE ainda aponta que o depoimento de Wellington apresentou contradições.
O depoimento do outro PM Ideraldo Amâncio apresentou mais inconsistências, segundo a MPCE. O soldado disse que não esteve na região dos crimes, mas uma câmera do Detran na região mostrou a passagem do carro do acusado, que também estaria com placas adulteradas. Ideraldo confirmou que não emprestou o veículo para outra pessoa.
Marcus Vinícius foi mais um que teve o carro flagrado na região por câmera do Detran. Além disso, um veículo “com fortes semelhanças” ao usado pelo soldado foi visto nas proximidades do local onde uma das vítimas, Renayson, foi morto, conforme imagens de uma outra câmera de vigilância.
António José de Abreu Vidal Filho, por sua vez, foi colocado na cena do crime através da identificação, via câmera do Detran, do carro que foi emprestado à mãe dele. Também este veículo estava com sinais de adulteração na placa, conforme a denúncia.
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