JUSTIÇA

Chacina do Curió: julgamento dos quatro policiais militares chega ao 3º dia 

A previsão é que o julgamento seja concluída até o fim desta semana

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22 de junho de 2023
Portal GCMAIS

Os quatro policiais militares que estão sendo acusados de participar de um dos maiores crimes no Ceará, a Chacina do Curió, ocorrida há sete anos na Grande Messejana, em Fortaleza, darão seus depoimentos nesta quinta-feira (22), no terceiro dia de julgamento do caso.

Chacina do Curió: julgamento dos quatro policiais militares chega ao 3º dia 
Foto: Reprodução

A mãe de um ex-aluno de Wellington Veras Chagas; o filho dela estudou em curso pré-militar durante quatro anos e teve o policial como instrutor, foi a primeira a testemunhar. A segunda pessoa a falar  foi um sargento da Polícia Militar, que foi comandante de Welington e de Ideraldo Amancio (também réu no caso). Já a terceira testemunha foi uma vizinha de Welligton, proprietária de uma lan house onde ele estudava para o concurso da Polícia Militar.

Em seguida, foi ouvida a esposa de um policial militar que trabalhava com Wellignton. Um vizinho de Ideraldo Amâncio foi o quinto ouvido. Por fim, um 2º sargento aposentado do Exército foi ouvido a favor de Ideraldo; e um major da Polícia Militar também.

Chacina do Curió: relembre os depoimentos

O primeiro dia de julgamento foi marcado por relatos de testemunhas e sobreviventes da chacina. A mãe de uma das vítimas também foi ouvida. A previsão é que hoje sejam ouvidas outras testemunhas de acusação, além das de defesa e os quatro réus. Os trabalhos tiveram início no 1 salão do júri com o sorteio dos jurados. Em seguida foi formado o conselho de sentença com os setes jurados, que decidirão pela absolvição ou condenação dos acusados.

Houve então a leitura da denúncia, que tinha 60 laudas. Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE), os quatro acusados respondem à ação penal sob acusação pelo crime de homicídio consumado contra 11 pessoas. A chacina aconteceu nos dias 11 e 12 de novembro de 2015, na grande messejana, na Capital cearense e ficou conhecido como a Chacina do Curió.

De acordo com MPCE, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado da PM, assassinado horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto, no bairro lagoa redonda. O processo da chacina do curió tem mais de 13 mil páginas e envolve atualmente 30 policiais militares acusados de homicídios e tentativas de homicídio contra moradores do bairro curió. Devido à complexidade da ação, o processo foi desmembrado em três para facilitar e agilizar a análise dos documentos.

A previsão é que o julgamento seja concluída até o fim desta semana. Um colegiado de três juízes está conduzindo os trabalhos, que leva a julgamento os quatro acusados do processo de número um. O massacre gerou ampla repercussão e atraiu os olhares de instituições, como do gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares de Recife, Pernambuco, que dá apoio às famílias das vítimas, como explica o advogado Sóstenes Rocha.

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