Em Sergipe, além do aumento na mesma faixa etária, também foi registrado aumento em adultos de idade mais avançada
Internações por síndromes respiratórias aumentam no Norte e Nordeste, divulga Fiocruz
Os casos graves de vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças continuam a impulsionar o aumento das internações por síndrome respiratória em parte do Norte e Nordeste do Brasil. A informação consta no mais recente boletim Infogripe, divulgado nesta terça-feira (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Nos estados do Acre, Amapá, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima, as hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão em alta nas últimas seis semanas, principalmente devido aos casos em crianças e adolescentes. Em Sergipe, além do aumento na mesma faixa etária, também foi registrado aumento em adultos de idade mais avançada.
O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, alerta que, embora haja uma tendência de estabilização ou queda da SRAG no público infantil dos estados do Centro-Sul, o número de casos já havia atingido um patamar alto.
Casos de síndrome respiratória aumentam Norte e Nordeste
“Como esses estados passaram por um longo período de aumento, semana após semana, nos casos de SRAG em crianças pequenas, a interrupção ou reversão dessa tendência ainda levará algum tempo para se refletir na diminuição de leitos ocupados, já que parte dessas crianças continua hospitalizada. Além disso, as baixas temperaturas favorecem as infecções respiratórias nesse período do ano, portanto é importante mantermos os cuidados de ventilação adequada e uso de máscaras adequadas por parte das pessoas que apresentam sintomas gripais e não podem descansar como recomendado”, disse Marcelo Gomes, segundo a Fiocruz.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, o vírus sincicial respiratório foi responsável por 40% dos casos de SRAG de origem viral no país. O SARS-CoV-2, causador da COVID-19, respondeu por 22,8% dos casos, seguido pelo vírus da Influenza A com 17,5% e do vírus da Influenza B com 6,6%. No entanto, a COVID-19 continua sendo responsável por metade dos óbitos causados por síndromes respiratórias agudas graves de origem viral no país.
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A Fiocruz destaca ainda que o SARS-CoV-2 continua em queda no número de casos entre a população adulta na maioria dos estados. Em março, o vírus representava 80% dos casos, uma participação que caiu para 50% em maio.
Por outro lado, a gripe causada pelo vírus Influenza A, predominantemente H1N1, registrou um aumento ao longo do mês de maio e manteve uma presença significativa em junho.
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