O policial militar Newton Moreira foi morto com sua própria arma após uma emboscada na saída de uma festa no município de Iguatu
Julgamento de suspeito de matar policial militar acontece na terça-feira (4)
O julgamento do principal suspeito de matar o policial militar Newton Moreira de Lima acontece na próxima terça-feira, dia 4 de julho, 21 anos depois do crime que ocorreu no dia 14 de abril de 2002 quando a vítima foi morta ajoelhada com sua própria arma após uma emboscada na saída de uma festa no município de Iguatu, região centro-sul do Ceará.
Ao longo de todo esse tempo, a família tem lutado na Justiça pela prisão do suspeito e finalmente recebeu uma notícia encorajadora em junho de 2023: o réu será levado a julgamento em júri popular.
“Quando a gente chegou na cidade que a gente recebeu a notícia da morte dele, a gente entrou em desespero procurando uma explicação, o porquê, quem. Porque o meu pai era um cara do bem, um cara que servia a sociedade, policial militar e que jamais levantaria a arma dele pra tirar a vida de alguém”, descreve a filha da vitíma, Raniele Moreira.
Júri popular acontece após decisão do STF
O caso do policial militar assassinado enquanto estava indefeso e de joelhos será submetido ao júri popular graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que concluiu que as circunstâncias do crime não indicam legítima defesa.
Nilton Moreira foi vítima de um assassinato brutal após um desentendimento com Temoteo durante a festa. Mesmo com algumas pessoas tentando intervir e controlar a situação, o acusado esperou pela saída do policial. Ao deixar o local em sua motocicleta, Nilton foi emboscado por Temoteo, que bloqueou seu caminho após ultrapassá-lo.
Armado, Temoteo apontou a arma para Nilton, que tentou se proteger segurando o réu. Foi nesse momento que o acusado disparou contra o policial, que já estava ferido e indefeso. Em um ato cruel, o agressor retirou a arma da cintura do militar e tirou sua vida, disparando vários tiros com a arma do próprio policial.
A família de Nilton Moreira espera que o julgamento em júri popular possa trazer justiça e o devido encerramento para esse caso que marcou suas vidas nos últimos anos.
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