A família do policial militar Nilton Moreira de Lima, assassinado em Iguatu, região centro-sul do Ceará, realizou um protesto nesta segunda-feira (3), um dia antes do início do julgamento do principal suspeito. O crime ocorreu há 21 anos, no dia 14 de abril de 2002, quando Nilton foi morto ajoelhado com sua própria arma após uma emboscada na saída de uma festa no município.
Durante todos esses anos, a família lutou incansavelmente por justiça e pela prisão do suspeito. Em junho de 2023, finalmente receberam uma notícia encorajadora: o réu seria levado a julgamento em júri popular.
“A nossa família vem sofrendo durante esses 21 anos pedido, implorando por justiça. Mas infelizmente a justiça desse país só funciona para quem tem dinheiro. Meu pai serviu, a Polícia Militar durante quatorze anos serviu a essa população a justiça brasileira e esperamos que amanhã a justiça brasileira sirva a minha família e a memória do meu pai É isso que a gente clama. Queremos justiça”, disse Raniele Moreira, filha de Nilton.
O caso do policial militar assassinado enquanto estava indefeso e de joelhos será submetido ao júri popular graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que concluiu que as circunstâncias do crime não indicam legítima defesa.
No dia do crime, Nilton Moreira Lima foi vítima de assassinato após um desentendimento com o acusado, identificado como Temoteo, durante uma festa. Mesmo com algumas pessoas tentando intervir e controlar a situação, o suspeito esperou pela saída do policial. Ao deixar o local em sua motocicleta, Nilton foi emboscado por Temoteo, que bloqueou seu caminho após ultrapassá-lo.
Armado, Temoteo apontou a arma para Nilton, que tentou se proteger segurando o réu. Foi nesse momento que o acusado disparou contra o policial, que já estava ferido e indefeso. Em um ato cruel, o agressor retirou a arma da cintura do militar e tirou sua vida, disparando vários tiros com a arma do próprio policial.
O julgamento do suspeito está marcado para a próxima terça-feira, dia 4 de julho. A família espera que a justiça seja feita após tanto tempo de espera e luta por esse desfecho. O júri popular será responsável por decidir a culpabilidade do acusado e estabelecer a pena adequada, levando em consideração a gravidade do crime e o sofrimento causado à família do policial. Reforço policial foi solicitado para garantir a segurança durante a sessão do Tribunal Popular do Júri, devido à grande repercussão social e à possibilidade de mobilização de muitas pessoas.
Família de policial assassinado Iguatu aguarda julgamento do acusado
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