De janeiro a maio deste ano, o Ceará registrou 16 feminicídios, segundo a Secretaria da Segurança Pública, contudo, com mais dois casos recentes, esse número chegou a 18. O número de mulheres mortas pelos ex-companheiros em 2023 representa mais da metade dos casos registrados em todo o ano passado, quando 28 mulheres foram assassinadas.
Até maio deste ano, quase 10 mil mulheres vítimas de violência doméstica buscaram atendimento por conta do problema.
Somente no Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) quase três mil mulheres procuraram ajuda. O espaço acolhe e acompanha as vítimas e familiares.
Os altos índices de violência têm preocupado as autoridades e sobretudo as mulheres por isso os órgãos de segurança atuam para tentar coibir os crimes.
“Estamos adquirindo viaturas para reforçar a patrulha Maria da Penha em Fortaleza, Região Metopolitana e Interior. Está em andamento a abertura de núcleos de apoio às mulheres em todo o estado do Ceará, além das delegacias 24 horas”, disse Samuel Elânio, secretário da Segurança Pública.
Casos recentes
Talita Lopes Falcão teve a vida interrompida aos 34 anos. Por não aceitar o fim do relacionamento, Jorge Luís Santos de Carvalho, de 41 anos, ateou fogo contra a ex-companheira. Ela teve 80% do corpo queimado.
Após três semanas internada, ela não resistiu e morreu nesta segunda-feira (3).
Em outro caso, um professora indígena Maria Gerlene Silva Oliveira, de 34 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro.
O suspeito do crime tirou a própria vida. O corpo da vítima foi encontrado no último sábado na casa em que morava em Aratuba.
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