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Implantação de câmeras em fardas de policiais militares no Ceará divide opiniões

Implantação de câmeras em fardas de policiais militares no Ceará divide opiniões

Foto: Reprodução

O secretário da Segurança Pública do estado, Samuel Elânio, anunciou nessa terça-feira (4) que a instalação de câmeras corporais nos fardas de policiais militares do Ceará está prevista para começar ainda este ano. A implantação dos equipamentos recebeu o apoio da população e é uma prática já adotada pelas polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro. No Ceará, o dispositivo será implantado de forma gradual, começando por batalhões específicos e deve ser concluída até o final do ano.

“A gente vai testar inicialmente em determinados grupos da Polícia Militar e depois a gente vai avaliar, fazer estudos da questão da própria ampliação para outras forças”, explicou o secretário Samuel Elânio.

Apesar do apoio geral, especialistas ressaltam a importância de analisar o modelo das câmeras corporais para evitar interferências no trabalho dos agentes de segurança. O presidente da Associação dos Praças, por exemplo, destaca a necessidade de definir a modalidade das câmeras e o seu estilo de uso.

“Nós temos que fazer uma avaliação de qual vai ser a modalidade dessas câmeras, como é que vai ser o estilo. Temos alguns parâmetros, como o de São Paulo e Minas Gerais, em que houve críticas no passado. As câmeras eram ligadas e filmavam 24 horas, o que impedia a intimidade dos policiais militares. Às vezes, eles não podiam ir ao banheiro ou ter uma conversa mais íntima com a família enquanto estavam de serviço”, ponderou o presidente da associação.

Dados da Fundação Getúlio Vargas apontam que nos primeiros quatorze meses do uso das câmeras corporais em São Paulo, foram evitadas 104 mortes. A expectativa é que os resultados no Ceará sejam ainda melhores com a implementação do equipamento.

A decisão de adotar as câmeras corporais na Polícia Militar visa garantir a transparência e aprimorar a segurança tanto dos policiais quanto da população, permitindo uma análise mais precisa das ações policiais e contribuindo para a prevenção de abusos e o aprimoramento das técnicas de intervenção policial.

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“Todos os lugares onde as câmeras corporais foram aplicadas tem tido resultados bastante interessantes e especialmente para a população, mas também para os agentes públicos de segurança”, explicou Raul Thé, pesquisador do Laboratório de Conflitualidade e Violência da Uece.

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