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Confederação Nacional da Indústria afirma que economia pode crescer 2,1% este ano

Ibovespa tem pouca tração e recua no último pregão de maio

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O desempenho do agronegócio levou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) a elevar a projeção de crescimento da economia para este ano. Conforme o Informe Conjuntural do 2º Trimestre, divulgado nesta quinta-feira (12) pela entidade, a estimativa passou de 1,2% em abril para 2,1% em julho.

A confederação, no entanto, alerta que essa melhora é atribuída apenas ao agronegócio, enquanto os demais setores da economia estão encolhendo ou desacelerando. A CNI ressalta a necessidade de uma reforma tributária e da redução dos juros para destravar a economia brasileira.

Segundo as estimativas da CNI, enquanto a agropecuária deverá crescer 13,8% neste ano, impulsionada pela produção recorde de alimentos, a indústria deverá expandir apenas 0,6%. O desempenho do setor industrial também apresenta desigualdades: a indústria da construção deverá crescer 1,5%, mas a indústria de transformação, afetada pelos juros altos, deverá encolher 0,9% em 2023.

Falta de Competitividade

Em nota, a CNI destaca que a indústria nacional sofre com a falta de competitividade gerada pela complexidade do sistema tributário e pela escassez de crédito devido aos juros elevados. No entanto, a entidade acredita que o avanço da reforma tributária no Congresso Nacional e a queda da inflação, com a provável redução da taxa Selic (taxa básica de juros da economia) neste semestre, melhoram as perspectivas para a economia brasileira.

Além da aprovação da reforma tributária e da queda dos juros, a CNI pede que o governo acelere a criação de uma política industrial que permita ao país inserir-se nas cadeias globais de produção “de forma inovadora e sustentável”.

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Inflação e Consumo

Em relação à inflação, a CNI projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – utilizado como indicador oficial pelo governo – encerrará o ano em 4,9%, em comparação com a estimativa anterior de 6%. Segundo a entidade, essa desaceleração contribui para recompor a renda média real das famílias e recuperar o poder de compra e o consumo.

Para a CNI, a recuperação do mercado de trabalho continua, com a expectativa de que a taxa média de desemprego para 2023 caia de 9% para 8,3%. A previsão de crescimento da massa de rendimento real (acima da inflação) aumentou ligeiramente, passando de 6,7% para 6,8% neste ano.

A estimativa de consumo das famílias subiu para 1,8% em 2023, em comparação com a previsão anterior de 1,2%. A CNI atribui esse aumento à recuperação parcial do crédito a partir de março e ao aumento do valor do Bolsa Família, o que estimula as compras em mercados e farmácias.

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Juros e Dólar

Em relação aos juros, a confederação estima que a taxa Selic encerrará 2023 em 11,75% ao ano, representando uma redução de dois pontos percentuais em relação aos atuais 13,75%. Em relação ao câmbio, a entidade prevê que o dólar comercial fechará o ano em R$4,90, em comparação com a previsão anterior de R$5,35.

A previsão de superávit da balança comercial (exportações menos importações) para este ano aumentou de US$55,7 bilhões para US$62,4 bilhões. Em relação às contas públicas, a entidade mantém a projeção de déficit primário (resultado negativo sem os juros da dívida pública) de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

*Com informações da Agência Brasil.

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