O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em entrevista à Record TV, na noite desta quinta-feira (13) que o governo vai construir 2 milhões de casas nos próximos três anos. Lula também comentou sobre uma nova linha de crédito para os chamados eletrodomésticos da linha branca.
“Estamos lançando mais 2 milhões de casas nesses próximos três anos e nós já começamos a reconstruir 186 milhões de casas que nós encontramos paralisadas. Por quê? Nós encontramos o Brasil com 14 mil obras paradas, dentre essas 14 mil obras, 4.000 eram de escolas e 1.600 eram creches”, afirmou Lula.
O presidente falou ainda que há um projeto de infraestrutura pensado para cada estado do Brasil e que vai dar ênfase àquelas obras que são prioritárias para o país.
“O projeto está pronto. Vamos reunir os governadores e vamos fazer o lançamento dessa proposta de infraestrutura para cada estado e para o Brasil, que são as obras que nós entendemos sejam prioritárias para o Brasil, que todo mundo sonha, para a agricultura, para a indústria, para os estudantes, para o turismo. Ou seja, vai ser uma coisa bem bolada”, garantiu.
Lula fala sobre linha de crédito para eletrodomésticos
Perguntado sobre a possível abertura de uma linha de crédito para a compra de eletrodomésticos da chamada linha branca, Lula afirmou que em 2008 essa medida foi um sucesso e que para ser realizada novamente é preciso dialogar com os empresários para conseguir a redução dos preços.
“É importante que o povo consuma, mas você só pode consumir aquilo que você pode pagar. Se não pode pagar, não faça dívida, porque você vai se prejudicar. O que nós queremos é que o empresário compreenda que ele pode baixar um pouco o preço. O governo, de vez em quando, precisa compreender que pode baixar um pouquinho os impostos e a empresa pode baixar um pouco, aumentar as prestações”, comentou.
Ele frisou que é importante que as pessoas tenham o nome limpo para poder ter crédito na praça e adquirir os bens e fez referência ao programa Desenrola, que vai ajudar aos cidadãos endividados.
“Todo mundo renovou geladeira, máquina de lavar roupa, comprou televisão nova. Obviamente que sabemos que a sociedade está endividada. Por isso, estamos fazendo o programa Desenrola, em que o governo vai ajudar o povo que está devendo a negociar a sua dívida para que ele possa voltar ao mercado e consumir e consumir outra vez”, concluiu.
Minha Casa, Minha Vida ganha novas regras
As faixas de renda e os valores de financiamento foram ampliados. A Faixa 1 contemplará famílias com renda mensal de até R$ 2.640, enquanto a Faixa 2 englobará famílias com renda entre R$ 2.640 e R$ 4,4 mil. Já a Faixa 3 abrangerá famílias com renda mensal entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil.
No que diz respeito ao valor do imóvel, o financiamento máximo será de R$ 170 mil para a Faixa 1, R$ 264 mil para a Faixa 2 e R$ 350 mil para a Faixa 3. Para o MCMV rural, o valor máximo para novas moradias aumentou de R$ 55 mil para R$ 75 mil, e o financiamento para melhoria de uma moradia passou de R$ 23 mil para R$ 40 mil.
As taxas de juros variam conforme a região e a renda, com valores que vão de 4% a 5,5% ao ano para a Faixa 1, de 4,75% a 7% para a Faixa 2 e de 7,66% a 8,16% para a Faixa 3.
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O governo também aumentou os descontos para as famílias que utilizarem recursos do FGTS para adquirir um imóvel, elevando o valor de R$ 45,7 mil para R$ 55 mil, exclusivamente para beneficiários da Faixa 1. Segundo o Planalto, esse limite não era revisado desde 2017.
As prestações mensais pagas pelos beneficiários da Faixa 1 serão proporcionais à renda, com um valor mínimo de R$ 80 ao longo de um período de 5 anos, facilitando o acesso à moradia digna para mais famílias brasileiras.
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