TERREMOTO

Após terremoto, autoridades emitem alerta de tsunami no Alasca

O tremor ocorreu a cerca de 90 km a sudoeste da pequena cidade de San Point e a uma profundidade de 21 km na península do Alasca, disse o USGS

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16 de julho de 2023
Portal GCMAIS

Um alerta de tsunami foi emitido depois que um terremoto de magnitude 7,2 atingiu a costa do Alasca, nos Estados Unidos, na noite de sábado (15), disseram autoridades.

Após terremoto, autoridades emitem alerta de tsunami no Alasca
Foto: Reprodução

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O tremor ocorreu a cerca de 90 km a sudoeste da pequena cidade de San Point e a uma profundidade de 21 km na península do Alasca, disse o Serviço Geológico dos Estados Unidos.

O terremoto gerou um breve alerta de tsunami para partes do Alasca perto das ilhas Aleutas, estendendo-se de Unimak Pass até Kennedy Entrance, antes de ser revisado para um alerta de tsunami. Não há ameaça de tsunami para outras costas do Pacífico nos EUA e no Canadá, prosseguiu o comunicado.

O Observatório de Vulcão do Alasca forneceu um aviso de ameaça para o vulcão Shishaldin após uma nuvem de cinzas no início do sábado. O vulcão atualmente está em observação. Segundo o observatório, as aptidões sísmicas começaram a aumentar perto do fim da tarde de ontem.

Terremoto

Os terremotos ou abalos sísmicos são classificados como eventos geológicos. Eles são definidos como fenômenos de vibração brusca da superfície da Terra que podem durar segundos ou minutos. Os terremotos ou abalos sísmicos são provocados por movimentos na crosta terrestre, composta por enormes placas de rocha, chamadas de placas tectônicas. Além disso os tremores também podem ser resultantes de atividade vulcânica ou de deslocamentos de gases (principalmente metano) no interior da Terra. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia na forma de ondas sísmicas.

As placas tectônicas se movimentam lenta e sucessivamente sobre uma camada de rocha parcialmente derretida, ocasionando um contínuo processo de pressão e deformação nas grandes massas de rocha. Quando duas placas se chocam ou se raspam, elas geram um acúmulo de pressão que provoca um movimento brusco.

Região instável

O Círculo de Fogo do Pacífico, também chamado de Anel de Fogo do Pacífico, é uma área que possui 450 vulcões ativos e temporariamente adormecidos, além de ser o responsável por cerca de 90% dos terremotos que já aconteceram no planeta Terra. Com 40 mil quilômetros de extensão, apresenta um formato de semicírculo e abrange toda a costa oeste das Américas e leste dos continentes asiático e oceânico.

Como é uma zona de elevada instabilidade geológica, os países que encontram-se nas suas proximidades, a exemplo da Indonésia, Filipinas, Japão e Austrália, precisam ficar constantemente em alerta e trabalhar com medidas de prevenção contra tremores na crosta terrestre e tsunamis – ondas gigantes que podem destruir uma vasta região em pouco tempo.

O que é o Círculo de Fogo do Pacífico?

O Círculo de Fogo do Pacífico recebeu este nome porque é composto por uma série de arcos de ilhas vulcânicas, fossas oceânicas (vales profundos) e cadeias de montanhas ao redor de uma das maiores placas tectônicas do planeta, a do Pacífico (tem 70 milhões de quilômetros quadrados). Por esse motivo, é a região com maior abalo sísmico (tremor de terra) no mundo. A cada cinco minutos algum tipo de atividade é captada por aparelhos.

O círculo existe justamente por causa dos atritos e movimentos feitos pelas placas. Quando elas colidem umas com as outras, por exemplo, a que desliza para baixo passa pelo processo de fusão devido à pressão e altas temperaturas, criando assim o magma. Já a outra parte provoca dobras na crosta, originando as estruturas que expelem o material magmático e gases vindos do interior. Todas essas etapas acontecem nas zonas de subducção (áreas de convergência).

O afastamento das placas tectônicas também contribui para formação de vulcões. Como este fenômeno geralmente ocorre no fundo oceânico, pode haver a criação das ilhas vulcânicas – solidificação do magma liberado pelo vulcanismo submarino. Foi assim que nasceu as Ilhas Marianas, presentes entre as placas das Filipinas e Pacífico. Elas ainda podem encostar-se umas nas outras, o que apenas ocasiona tremores de menor intensidade.

Por que é uma área de risco?

Os três vulcões mais ativos do mundo – o Monte Santa Helena, nos Estados Unidos, o Monte Fuji, no Japão, e o Monte Pinatubo, nas Filipinas – estão no Círculo de Fogo do Pacífico. Além dessas estruturas, as ações tectônicas características da região foram os motivadores dos piores desastres naturais do último século. As maiores catástrofes ocorreram no Chile: a primeira, em 1960, foi um terremoto que atingiu 9,5 na escala Richter e matou 2 mil pessoas. A segunda, em 2010, resultou em 800 mortos e quase 20 mil desabrigados.

O segundo tremor de terra mais conhecido atingiu o Alasca, em 1962. Ele teve uma magnitude 9,2. Outro fenômeno típico do Anel de Fogo é o tsunami (significa “onda de porto” em japonês). Em 2004, um tremor que alcançou a escala de 9,1 provocou uma onda devastadora no oceano Índico. Mais de 200 mil pessoas acabaram morrendo na costa da Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e outros 10 países.

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