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Tentativa de feminicídio: Policial civil atira na cunhada após discussão com ex-companheira em Fortaleza

Tentativa de feminicídio Policial civil atira na cunhada após discussão com ex-companheira em Fortaleza

Foto: Governo do Ceará

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), está investigando uma tentativa de feminicídio e um crime de ameaça ocorridos na noite de domingo (23) no bairro Canindezinho, em Fortaleza. De acordo com informações policiais, após uma discussão, uma mulher de 32 anos foi alvejada por disparo de arma de fogo pelo cunhado, que é um policial civil. A vítima foi prontamente socorrida para uma unidade hospitalar e o estado de saúde não foi divulgado.

Testemunhas relataram que o ataque aconteceu quando a cunhada confrontou o policial civil após ele ter tido uma discussão com a ex-companheira, uma mulher de 29 anos. Além de atirar na cunhada, o policial também fez ameaças à sua ex-parceira. A Polícia Militar do Ceará (PMCE) foi acionada e esteve presente no local.

A Delegacia de Defesa da Mulher está conduzindo a investigação e realizando diligências para esclarecer os fatos.

Casos de feminicídios registrados Fortaleza e no interior do Ceará

De janeiro a maio deste ano, o Ceará registrou 16 feminicídios, segundo a Secretaria da Segurança Pública, contudo, com mais dois casos recentes, esse número chegou a 18. O número de mulheres mortas pelos ex-companheiros em 2023 representa mais da metade dos casos registrados em todo o ano passado, quando 28 mulheres foram assassinadas.

Até maio deste ano, quase 10 mil mulheres vítimas de violência doméstica buscaram atendimento por conta do problema.

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Somente no Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) quase três mil mulheres procuraram ajuda. O espaço acolhe e acompanha as vítimas e familiares.

Os altos índices de violência têm preocupado as autoridades e sobretudo as mulheres por isso os órgãos de segurança atuam para tentar coibir os crimes.

“Estamos adquirindo viaturas para reforçar a patrulha Maria da Penha em Fortaleza, Região Metopolitana e Interior. Está em andamento a abertura de núcleos de apoio às mulheres em todo o estado do Ceará, além das delegacias 24 horas”, disse Samuel Elânio, secretário da Segurança Pública.

Casos recentes

Talita Lopes Falcão teve a vida interrompida aos 34 anos. Por não aceitar o fim do relacionamento, Jorge Luís Santos de Carvalho, de 41 anos, ateou fogo contra a ex-companheira. Ela teve 80% do corpo queimado. Após três semanas internada no Instituto Doutor José Frota, ela não resistiu e morreu no começo de julho deste ano.

Em outro caso, uma professora indígena, Maria Gerlene Silva Oliveira, de 34 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro. O suspeito do crime tirou a própria vida. O corpo da vítima foi encontrado na casa em que morava em Aratuba.

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