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Agência de risco Fitch Ratings eleva nota da Petrobrás para BB pela primeira vez em 15 anos

Petrobras diz que não procede notícia de redução de preço de combustíveis

Foto: Reprodução/ Ag. Brasil

A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito da Petrobras de BB para BB+ nesta segunda-feira (31), com uma perspectiva de estabilidade para a companhia. O aumento da nota da companhia, que é a maior do país, vem na sequência de uma melhora na nota de crédito soberana do país, que passou de BB- para BB na semana passada, também com perspectiva estável.

Além da Petrobras, a maior empresa do país, avaliada em mais de R$ 400 bilhões, a reavaliação da Fitch inclui companhias como: Aché Laboratórios Farmacêuticos, BR Malls (shopping center), Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp), Companhia Energética de São Paulo, Energisa (distribuidora de energia), Globo, Localiza (aluguel de carros), Rede D’Or São Luiz (hospitais) e Rumo Logística.

Conhecida como rating, a nota de risco é uma classificação que agências emitem periodicamente em relação a países, empresas e ativos financeiros e servem como uma espécie de bússola para investidores na hora de tomar decisões de alocação de investimentos ou concessão de empréstimos.

Nesse sentido, quanto melhor a classificação de risco, maior a facilidade para um país receber investimento estrangeiro ou obter melhores condições de financiamento. Alguns fundos de pensão, por exemplo, têm regulamentação própria que só permite alocar recursos em países com grau de investimento. As outras principais agências globais são a Moody’s e a Standard & Poor’s.

Ao fazer a avaliação, a Fitch leva em consideração a credibilidade e capacidade de os agentes emissores – governo ou empresas – pagarem dívidas. As notas são distribuídas em dois graus: o especulativo e o de investimento, este último formado pelas instituições com as melhores avaliações.

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Diretor financeiro da Petrobras classificou elevação de nota como “upgrade relevante”

Ao comentar a elevação da nota da Petrobras, o diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da companhia, Sergio Caetano Leite, afirmou que vê na mudança de rating uma forma de reduzir o custo de financiamento da estatal.

“Esse upgrade [elevação da nota] é muito relevante para a Petrobras porque vem ao encontro de algo que nos é muito caro, que é a redução do nosso custo de capital, com a consequente geração adicional de valor para os nossos investidores. A Fitch reconhece, na sua avaliação, a solidez financeira da Petrobras. Seguiremos trabalhando para que a Petrobras seja percebida cada vez mais como um investimento seguro e rentável”, disse à Agência Brasil.

Nos critérios da Fitch, a pior classificação é a D, que indica risco de inadimplência considerado alto, o “grau especulativo de moratória”. Conforme diminui a possibilidade de não pagamento da dívida, as notas evoluem para C, CC, CCC. Nesta escala, em seguida, são atribuídas as notas da categoria de especulação, B-, B, B+, BB-, BB e BB+.

No grau de investimento, as notas BBB-, BBB, BBB+ classificam como média a qualidade de investimento. As notas de maior grau de investimento são, em ordem crescente, A-, A, A+, AA-, AA, AA+ e AAA.

O Brasil deixou de ser grau de investimento em 2015 e, em 2018, foi rebaixado para BB-. Com a elevação da última semana para a nota BB, o país fica agora a dois passos do grau de investimento. Já para as empresas brasileiras que receberam o BB+ fica faltando apenas um degrau.

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