O Dia Mundial do Orgasmo é comemorado nesta segunda-feira (31). A data que traz importantes discussões sobre a igualdade de gênero no prazer sexual. Claudia Petry, pedagoga e especialista em sexologia clínica, membro da Sociedade Brasileira de Sexualidade Humana (Sbrash) e com especialização em educação para a sexualidade pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), destaca que historicamente, os homens foram mais incentivados a conhecer seus corpos e a se masturbar, enquanto, para as mulheres, isso sempre foi considerado tabu e proibido devido a questões culturais e educacionais.

Em entrevista à Agência Brasil, Claudia ressalta que todas as mulheres são capazes de sentir orgasmo e que, ao contrário dos homens, as mulheres têm a capacidade de ter múltiplos orgasmos se continuarem sendo estimuladas. Nesta data, é fundamental abordar a questão da “ditadura” do orgasmo, na qual a mulher que não alcança o orgasmo é estigmatizada como “anormal”. O importante é que a satisfação física e emocional seja alcançada na relação íntima, seja individualmente ou com um parceiro.

Entre os benefícios do orgasmo para o corpo, estão a liberação do hormônio da felicidade, a tonificação do assoalho pélvico devido a contrações involuntárias, a melhoria do humor, a redução da ansiedade, o fortalecimento da intimidade e parceria, além de proporcionar prazer em vários aspectos da vida.

Apesar dos benefícios, algumas mulheres podem experimentar dor de cabeça após o orgasmo, o que pode ser um sintoma que requer atenção médica, especialmente de profissionais que abordem a sexualidade.

A sexóloga Dani Fontinele destaca que o beijo é um fator essencial para que a mulher alcance o clímax, pois estimula a liberação de neurotransmissores que geram diversas reações no corpo feminino, aumentando o prazer e gerando bem-estar e afeto.

O orgasmo múltiplo é possível para todas as mulheres e pode ser conquistado com prática e autoconhecimento. Dani incentiva as mulheres a explorarem seus corpos, conhecerem suas preferências e compartilharem essas informações com seus parceiros.

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Nesta data, especialistas reforçam a importância de uma abordagem igualitária do prazer sexual, respeitando a diversidade de experiências e buscando o prazer compartilhado, enfatizando a jornada de prazer durante a relação sexual, e não apenas o clímax. A busca pelo autoconhecimento e a quebra de tabus são fundamentais para uma sexualidade saudável e prazerosa para todas as pessoas.

*Com informações da Agência Brasil.

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