Proposto pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o pacto busca aumentar a cobertura vacinal em todo o Brasil
Ceará adere ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal
O Ceará aderiu, nesta quinta-feira (10), ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal. O objetivo é manter os cearenses engajados no Programa Nacional de Imunização, desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Proposto pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o pacto busca aumentar a cobertura vacinal em todo o Brasil.
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Segundo o governador do Ceará, Elmano de Freitas, a ideia é promover a conscientização sobre a importância sanitária da cobertura vacinal completa, da segurança e da eficácia das vacinas para evitar o retorno de doenças já controladas ou erradicadas no País.
Parabenizo a iniciativa de chamar o poder público e a sociedade para um pacto de consciência vacinal. Isso é importante porque a gente pode ter campanha de vacinação, mas se a sociedade não estiver conscientizada, não se alcança o resultado esperado. E quando não alcançamos, doenças já superadas voltam. Temos certeza que todos os 184 municípios do Ceará vão fazer parte para vacinarmos nossas crianças e a todos nós. O Estado do Ceará está avançando em busca ativa, procurando as pessoas para a vacinação. Nossos resultados já são melhores que a média nacional, mas a nossa meta é alcançar 100%”, disse.
Pacto pela Consciência Vacinal
Jayme Oliveira Neto, conselheiro nacional do Ministério Público e presidente da Comissão de Saúde do CNMP, defendeu a necessidade da mobilização para que o Brasil retome os bons índices de vacinação.
“Quando nós assumimos a Comissão, as secretarias estaduais e municipais de Saúde relataram que [a baixa cobertura vacinal] era uma das maiores preocupações na área da saúde. De 2010 para cá, os índices de cobertura vacinal, especialmente contra a poliomielite e sarampo, caíram assustadoramente, colocando o País em risco. Depois de lançar o Pacto, começamos a contar com apoio de muitos governos. A ideia é percorrer esse País. Hoje, com o apoio do Governo do Estado e dos clubes cearenses de futebol, que tem torcidas enormes, podem levar essa mensagem de uma maneira simples para a comunidade”, ressaltou.
O Pacto prevê a realização de ações integradas e a qualificação de dados cadastrais do DataSUS, o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde.
“O Ministério Público brasileiro é um órgão promotor dos direitos fundamentais. O Ministério Público do Ceará foi o primeiro do Brasil a orientar os seus membros, juntos às secretarias municipais de saúde, aos pais, para que cumprissem a vacinação de seus filhos. Essa não é uma escolha ideológica, é a garantia de direito fundamental que as crianças e os adolescentes têm. O que está em jogo é a segurança do sistema de saúde. As vacinas são seguras, eficazes e salvam vidas”, defendeu.
Thayssa Fonseca, representando a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, reforçou a importância do engajamento de todos os setores da sociedade contra o movimento antivacina. “A queda na cobertura vacinal deixa as nossas crianças muito vulneráveis a doenças que já estavam controladas ou eliminadas. É necessário sermos criativos e assertivos em nossas políticas, contra a desinformação e, claro, fornecendo vacinas seguras. O Programa Nacional de Imunização não é de governo, é parte da nossa cultura, quase um patrimônio nacional”, justificou o procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro.
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