Jojo Todynho quebrou o silêncio e rebateu as críticas recebidas por não ter revelado que passou por uma cirurgia bariátrica. A influenciadora digital se submeteu ao procedimento na última terça-feira (8) e já está em casa, descansando. “Polêmica do dia: ‘Jojo Todynho mentiu, falou que não ia fazer a bariátrica e fez. E qual é o problema?’. Não é porque eu sou uma pessoa pública que eu tenho que vir aqui e contar todos os meus passos. Vocês já ouviram dizer que o segredo do sucesso é calar a boca? Conquista primeiro e, depois, você conta”, afirmou.
“Até quem está do seu lado, tem o mesmo sangue que você, torce contra você. Imagina numa rede social que tem 27 milhões de pessoas que você não conhece. O segredo do sucesso está aí: cala a boca. Vai comprar um carro, vai viajar: fica quieto”, disparou.
Jojo Todynho revelou que o procedimento é delicado e, por isso, não se sentiu confortável em expor publicamente. “Outra coisa: cirurgia, por mais mínima que seja, tem risco. Depois do momento que você toma anestesia, tem seus riscos. Eu optei pela saúde, optei por uma vida melhor. Estética? Se eu fosse boba com negócio de estética, já estava com botox, cheia de coisa na cara, e não preciso disso”, concluiu.
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Foto: Divulgação
Cirurgia bariátrica
A Organização Mundial da Saúde destacou que a obesidade é um sério e complexo problema de saúde. O órgão estima que 2,3 bilhões de pessoas estejam com sobrepeso, sendo 700 milhões obesos, até 2025. Para o efeito de obesidade, é considerado obeso o indivíduo que tem Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 kg/m². O IMC, por sua vez, é um dos critérios analisados para o encaminhamento do indivíduo à realização de cirurgia bariátrica, quando for acima de 35 ou 40 kg/m².
O caso de Jojo Todynho repercutiu nacionalmente. Afinal, o que é cirurgia bariátrica e para quem é indicada? Também chamada de gastroplastia, cirurgia da obesidade ou cirurgia de redução do estomago, é uma plástica no estômago, realizada com o objetivo de reduzir o peso de pessoas com o IMC muito elevado.
De acordo com o Centro Especializado em Obesidade e Diabetes da Fundação Oswaldo Cruz, a intervenção é capaz de modificar significativamente o tamanho do estômago e modificar o trajeto dos alimentos, o que provoca o aumento da saciedade e a redução da absorção de calorias. Assim, o paciente passa a observar uma perda de peso dentro de um tempo que, anteriormente, seria impensável de alcançar.
Os avanços na cirurgia permitem, inclusive, que o paciente retome as atividades cotidianas, como o trabalho – a depender da função – em médio prazo. A Organização Mundial da Saúde indica o procedimento para dois tipos de pacientes: aqueles com IMC acima de 35 Kg/m² que possuam doenças como apneia, hipertensão arterial, problemas articulares, diabetes, e aqueles com IMC acima de 40 Kg/m².
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Foto: Reprodução
Tipos de bariátrica
Assim como ocorreu com Jojo Todynho, é preciso esclarecer, inclusive, alguns pontos. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica reforça, além disso, a indicação cirúrgica baseada na análise de critérios como idade, comorbidades e tempo de obesidade. As cirurgias bariátricas podem ser de três tipos. A primeira delas é a restritiva, que diminui o tamanho do estômago. A segunda é a disabsortiva, que reduz a absorção dos alimentos pelo desvio do trânsito intestinal. Por fim, a mista, que diminui o tamanho do estômago quanto à absorção dos alimentos.
Segundo a SBCBM, atualmente, no Brasil, cinco técnicas cirúrgicas tratam a obesidade, com autorização do Conselho Federal de Medicina. O by-pass gástrico, a gastrectomia vertical, duodenal switch, banda gástrica e a cirurgia de scopinaro são os procedimentos executados.
O Bypass Gástrico ou gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux” é uma cirurgia mista que consiste na divisão do estômago em duas partes para que a comida seja recebida pela menor parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento e diminui a fome. A Gastrectomia Vertical, por sua vez, é executada de modo que dois terços do estômago sejam removidos do organismo, o que inclui a responsável pela produção de grelina, hormônio do apetite. O Duodenal Switch retira dois terços do estômago e mantém a anatomia básica.