Aumenta a exposição de crianças à nicotina dos cigarros eletrônicos. O alerta é da agência que regula alimentos e medicamentos nos Estados Unidos. O órgão adverte que pais e responsáveis devem guardar com segurança cartuchos de vaporizadores de tabaco para proteger os pequenos de intoxicação causada pelo líquido dentro deles.
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A agência já havia divulgado um boletim com dados de um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças referente a junho. O documento revela que aumentou em 32% a exposição de crianças a cigarros eletrônicos nos centros de intoxicação dos Estados Unidos.
A alta ocorreu entre abril de 2022 e março de 2023 e principalmente envolvendo menores de cinco anos. Os casos tendem a ser leves, de acordo com o relatório: 8% deles foram tratados em unidades de saúde e 1% com internação. No entanto, o órgão alerta que os efeitos podem ser mais graves, como convulsão, coma, para respiratória e até morte.
Exposição de crianças a cigarros eletrônicos
Com uma aparência moderna e com gostos disfarçados, os cigarros eletrônicos passam a ideia de serem inofensivos à saúde. Basta acessar as redes sociais para ver homens e mulheres jovens consumindo os vaporizadores. A “fumaça” densa também é comumente percebida nas rodas de amigos em bares, restaurantes ou até mesmo na praia.
O que muitos não sabem é que, apesar de parecerem uma boa alternativa e serem socialmente aceitos, os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são tão danosos quanto o cigarro convencional. A comercialização, importação e propaganda daqueles são proibidas no Brasil.
“Os cigarros eletrônicos são maléficos à saúde e não são seguros. Não há registros sobre os tipos de substâncias e as concentrações que estão presentes nos cartuchos, por exemplo. Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar possuem substâncias tóxicas além da nicotina e podem causar doenças respiratórias. Em 2019, o surto de uma síndrome gripal que evoluiu para uma insuficiência respiratória aguda foi registrada entre jovens de vários estados americanos. A grave e misteriosa doença pulmonar estava ligada ao uso de cigarros eletrônicos. Nós, profissionais de saúde, precisamos chamar atenção desses jovens que estão procurando o cigarro eletrônico com a crença de que ele seja menos danoso. E não é”, afirma a pneumologista Penha Uchoa.
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