O agravamento do quadro de insuficiência cardíaca do apresentador Fausto Silva, o Faustão, 73, trouxe à tona a fila de transplante de órgãos no Brasil e a importância das doações. Dados mais recentes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) apontam que, entre janeiro e março de 2023, o aumento foi de apenas 6% na comparação com o mesmo período anterior. No final do ano passado, foi estabelecido como meta para 2023 um aumento de 10% na taxa de doadores efetivos.
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Um único doador pode beneficiar até oito pessoas com o transplante de órgãos e tecidos. No caso do transplante de coração, houve um aumento de 2,3 pacientes por milhão de habitantes, algo muito menor do que a previsão, de 8 pacientes por milhão. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, o número de transplantes de coração no país tem aumentado, chegando a 388 casos por ano.
Ainda segundo a Associação, as grandes diferenças nas taxas de notificação e de efetivação de doações entre regiões e estados chamam atenção. Enquanto estados considerados referência, como Santa Catarina e Paraná, têm elevadas taxas de notificação e efetivação da doação; outros estados, como Roraima, Piauí, Espírito Santo e Goiás têm altas taxas de notificação, mas baixa efetivação.
Transplante de órgãos no Brasil
Conforme o Ministério da Saúde, o número de doadores de órgãos ainda é pequeno no país. Segundo balanço recente do estado de Minas Gerais, por exemplo, a doação de órgãos foi negada em mais da metade das entrevistas realizadas com familiares de potenciais doadores.
O Brasil possui o maior sistema público de transplantes no mundo e é o segundo país que mais realiza esse tipo de procedimento. Foram cerca de 23,5 mil cirurgias em 2021. Desse total, quase 5 mil foram transplantes de rim, duas mil de fígado e 84 de pulmão. O país tem mais de 600 hospitais autorizados para realizar transplantes.
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