Após 17 anos, Rodson Rui de Oliveira Torres vai ser julgado em sessão marcada para o Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, nesta quinta-feira (24). O homem é acusado de assassinar a própria filha de nove anos asfixiada, dentro de casa, no ano de 2006, no bairro Henrique Jorge.
De acordo com o advogado de acusação, Felipe Kuhn, há provas suficientes para condenar o réu pela morte da menina, identificada como Thamires Lima Torres.
“Temos um caso embasado em provas técnicas, periciais que demonstram que a pequena Thamires não morreu acidentalmente. As marcas externas e internas que constam nos laudos periciais mostram que a pequena Thamires, com 9 anos, foi estrangulada pelo então seu pai”, comentou.
O julgamento de Rodson Rui já foi desmarcado duas vezes.
O crime
No dia 3 de junho de 2006, a menina se encontrava em casa, no bairro Henrique Jorge, apenas na companhia do pai. A garota foi encontrada pela mãe, já morta, tendo o pai apresentado a versão de que ela teria se acidentado se enrolando na rede em que brincava e acabado morrendo sufocada.
A perícia apontou que não seria viável a hipótese do suicídio por enforcamento, principalmente pelos resultados apresentados em laudo cadavérico.
Os machucados no pescoço da vítima “são contínuos, o que não acontece em casos de enforcamento ou acidente quando o peso da vítima faz com que os sulcos sejam ascendentes.
Em março de 2019, a Justiça proferiu a sentença de pronúncia. A defesa do réu recorreu da decisão, mas em maio de 2020 a pronúncia (levar o acusado a júri popular) foi mantida.
Agora, o advogado Felipe Kühn, acredita que enfim, a família poderá ter a resposta favorável da Justiça pela condenação do acusado.
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