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Chacina do Curió: segundo julgamento com 8 réus acontece na próxima terça-feira (29)

Quatro policiais condenados pela Chacina do Curió têm penas reduzidas pela Justiça

Foto: Amanda Sobreira

O Tribunal de Justiça do Ceará realiza na próxima terça-feira (29) o segundo julgamento dos policiais militares acusados dos assassinatos de 11 pessoas na Chacina do Curió. Os crimes deixaram 11 vítimas na noite de 11 de novembro e madrugada do dia 12, do ano de 2015, na região da Grande Messejana, na capital. A Defensoria Pública do Ceará vai atuar como assistente da acusação, representando as mães, pais e as esposas do Curió, ao lado do Ministério Público do Estado. Desta vez, oito policiais serão levados a júri popular.

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Para dar maior agilidade ao julgamento, o processo foi desmembrado em três. Ao todo, 30 réus são acusados pelos crimes. Do total de acusados, quatro já foram submetidos a julgamento no último dia 20 de junho. A sessão, que entrou nas primeiras horas do sexto dia, marcou o início do julgamento mais extenso da história do Tribunal de Justiça do Ceará. Um terceiro julgamento, com outros oito acusados pelos crimes, está agendado para a primeira quinzena de setembro.

“Assim como fizemos no primeiro julgamento, vamos acompanhar este segundo júri de dentro, como parte da acusação, e de perto, oferecendo todo o suporte necessário às famílias das vítimas e testemunhas. Essas pessoas, sobretudo as mães e pais, estão há oito anos com a vida em suspenso, esperando por respostas e, acima de tudo, por justiça”, diz a defensora geral Elizabeth Chagas.

Julgamento da Chacina do Curió

O primeiro julgamento da Chacina do Curió terminou na madrugada do último dia 25 de junho com a condenação de quatro policiais militares. São eles: Antônio José de Abreu Vidal Filho, Marcus Vinícius Sousa da Costa, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio pelo cometimento de 11 homicídios qualificados consumados, três homicídios qualificados na forma tentada, três crimes de tortura física e um de tortura mental. O julgamento, considerado um dos maiores do estado, durou cinco dias.

“Essa vitória é da nossa periferia, é do nosso povo periférico, é dos nossos jovens. É libertar os jovens das mortes”, afirmou Edna Carla Souza Cavalcante, mãe de Álef Souza Cavalcante, uma das vítimas, após o resultado do primeiro julgamento.

As penas dos quatro réus somaram 1.103 anos e 8 meses de reclusão, com regime inicial de cumprimento fechado. O Poder Judiciário determinou a imediata prisão provisória de todos os condenados e a perda do cargo público de policial militar.

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Quem eram as vítimas?

Álef Souza Cavalcante, 17 anos
Antônio Alisson Inácio Cardoso, 16 anos
Francisco Elenildo Pereira Chagas, 40 anos
Jardel Lima dos Santos, 17 anos
Jandson Alexandre de Sousa, 19 anos
José Gilvan Pinto Barbosa, 41 anos
Marcelo da Silva Mendes, 17 anos
Patrício João Pinho Leite, 16 anos
Pedro Alcântara Barroso do Nascimento Filho, 18 anos
Renayson Girão da Silva, 17 anos
Valmir Ferreira da Conceição, 37 anos.

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