No início de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que autoriza a terapia com ozônio em todo o território nacional. O aval para a chamada “ozonioterapia”, no entanto, não foi bem recebido pela comunidade médica, especialmente pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
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De uma forma simples, o método se trata da aplicação de mistura de ozônio e oxigênio puro, chamado de ozônio medicinal, em algumas partes do corpo para tratar uma doença. Entidades como o Conselho Federal de Medicina, a Academia Nacional de Medicina e a Associação Médica Brasileira se posicionaram publicamente contra a prática, em razão da falta de evidências científicas que sustentem a indicação da prática.
Em nota, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia argumentou que não há evidência científica “sólida” que garanta a segurança e a eficácia do uso da ozonioterapia no tratamento de doenças oculares. Por isso, adotar a prática como terapia médica principal ou mesmo complementar é desaconselhada.
“O CBO acompanhou as discussões no Congresso Nacional, apresentando preocupação com a inexistência de estudos científicos comprovando a eficiência dessa terapia na abordagem de doenças crônicas ou reversíveis e também com a disseminação de informações falsas induzindo o seu uso por pacientes de alta complexidade”, diz um trecho da nota.
Conselho aponta riscos em ozonioterapia
O CBO ainda salienta que, além de não oferecer resultados positivos, a ozonioterapia pode trazer prejuízos ao afastar o doente de outras terapias de efeito comprovado. No entendimento da entidade, a prática deve ser usada apenas como terapia experimental, dentro de protocolos de pesquisa aprovados pelo sistema formado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.
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