Rodson Rui de Oliveira Torres vai sentar no banco dos réus do Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, nesta quinta-feira (24)
Pai acusado de matar a própria filha asfixiada é condenado a mais de 24 anos de prisão
Rodson Rui de Oliveira Torres, acusado de matar a própria filha de nove anos asfixiada, foi condenado na noite desta quinta-feira (24) a uma pena de 24 anos e 10 meses de prisão. O julgamento que durou mais de 11 horas, ocorreu no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza, depois de 17 anos do crime, que aconteceu em 2006.
“Conseguimos que o réu fosse condenado na íntegra, em todos os termos da denúncia e com todas as qualificadoras”, afirmou a defesa de acusação representada pelo advogado Felipe Kuhn.
No dia 3 de junho de 2006, a menina identificada como Thamires Lima Torres se encontrava em casa, no bairro Henrique Jorge, apenas na companhia do pai. A garota foi encontrada pela mãe, já morta, tendo o pai apresentado a versão de que ela teria se acidentado se enrolando na rede em que brincava e acabado morrendo sufocada.
A perícia apontou que não seria viável a hipótese do suicídio por enforcamento, principalmente pelos resultados apresentados em laudo cadavérico.
Os machucados no pescoço da vítima “são contínuos, o que não acontece em casos de enforcamento ou acidente quando o peso da vítima faz com que os sulcos sejam ascendentes.
Em março de 2019, a Justiça proferiu a sentença de pronúncia. A defesa do réu recorreu da decisão, mas em maio de 2020 a pronúncia (levar o acusado a júri popular) foi mantida.
Agora, o advogado Felipe Kühn, acredita que enfim, a família poderá ter a resposta favorável da Justiça pela condenação do acusado.
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