Nesta sexta-feira (25), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma ordem que proíbe Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, de manter qualquer forma de contato com o ex-presidente, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro. Além deles, a decisão também vale para todos os outros investigados nos inquéritos que estão em andamento para apurar desvios de presentes de governos estrangeiros recebidos durante a gestão de Bolsonaro, bem como os atos de cunho golpista ocorridos em 8 de janeiro.

Essa determinação do ministro também abrange a proibição de Mauro Cid se comunicar com sua esposa, Gabriela Cid. O ex-ajudante de ordens encontra-se detido em Brasília devido à investigação sobre a alegada fraude no cartão de vacinação de Jair Bolsonaro.

Alexandre de Moraes fundamentou sua decisão em um relatório elaborado pela Polícia Federal, que menciona conversas identificadas por meio de perícias realizadas no celular de Mauro Cid. Essas mensagens abordam discursos que poderiam incitar ações antidemocráticas contra o resultado das eleições presidenciais de 2022, no contexto de uma suposta vitória de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, ainda no mesmo dia, Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal (PF) sobre uma suposta visita do hacker Walter Delgatti ao então presidente Bolsonaro, ocorrida no ano anterior, no Palácio da Alvorada, durante o período eleitoral.

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