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Pai e filho se reencontram em Fortaleza após mais de 20 anos separados

Pai e filho se reencontram em Fortaleza após mais de 20 anos separados

Foto: Reprodução

Joaquim Mesquita, de 63 anos e Adriano Camilo, de 39, pai e filho, ficaram separados um do outro por mais de 20 anos. O reencontro dos dois foi promovido no último dia 8 de agosto após um mês de investigação realizada pela 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), unidade especializada da Polícia Civil no Ceará.

A motivação para tentar encontrar o Sr. Joaquim Mesquita veio na pandemia de Covid-19, quando Adriano se tornou pai.

“Era tanta gente conhecida indo embora e eu me tornando pai naquele momento [da pandemia]. Veio aquela vontade de buscar ele, nem que fosse apenas para entender o que tinha acontecido. A paternidade me trouxe essa maturidade”, recorda.

Sem saber da saúde do pai, mas encorajado, quase que instintivamente, pela vontade de ganhar o afeto paterno, o homem foi orientado a procurar a DHPP, que após um trabalho investigativo localizou o homem e promoveu o encontro emocionado.

Reencontro de pai e filho após luta contra Covid

Morador de Tururu desde a infância, quando o interior era um distrito de Uruburetama, Joaquim Mesquita buscou, durante a juventude, a estabilidade financeira ao morar durante alguns anos em São Paulo e Fortaleza, cidade onde conheceu a mãe do seu filho, Adriano Camilo.

O relacionamento terminou, mas o filho cresceu e mesmo com poucos encontros durante a infância, amadureceu o interesse pelo reencontro.

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Sobrevivente da Covid-19, no período mais crítico da pandemia, quando a vacinação em massa ainda não tinha iniciado, ele contou com apoio do capacete Elmo, equipamento de respiração assistida criado por pesquisadores cearenses, para vencer a doença.

Ainda se recuperando das sequelas e com traumas causados pelo período de vírus e isolamento social, ele contou com apoio da família para aguardar a data do reencontro.

“Eu fiquei assim quando recebi uma ligação do inspetor Lindomar. Passei por uns momentos difíceis com a Covid-19, foi algo que me abalou muito. Passei treze dias no hospital e quase faleci, mas Deus está no comando. Fácil não foi. Quando me procuraram para encontrar com o Adriano, fiquei sem saber como reagir, conversei com a minha família e decidi vir. A pandemia levou muita gente e só estamos aqui contando essa história por Deus ser muito bom”, detalha o idoso.

Somente entre janeiro e julho deste ano, 472 pessoas foram localizadas com vida. Além dos reencontros, a unidade especializada investiga os casos de desaparecimento em Fortaleza e presta suporte, quando necessário, às investigações das delegacias de interior, por conta do conhecimento técnico e humanístico da 12ª DHPP.

As ações contam, em alguns casos, com apoio de outras forças e órgãos, como a Polícia Militar, Perícia Forense, guardas municipais, gestão de hospitais, casas de acolhimento, entre outros.

Desaparecidos localizados no Ceará

O trabalho realizado pelas Forças de Segurança do Ceará para a localização de pessoas desaparecidas é fundamental para reencontros como esse.

Considerando o período entre janeiro e julho deste ano, houve um aumento de 22,4% no total de pessoas encontradas em todo o território estadual. Foram 780 localizados nos sete primeiros meses de 2023, contra 637 em 2022.

Os dados foram extraídos pela Gerência de Estatística e Geoprocessamento (GEESP) da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Como registrar um desparecimento?

Para registrar um caso de desaparecimento ou buscar informações sobre parentes que perderam o contato, basta fazer um Boletim de Ocorrência na 12ª DHPP, em Fortaleza, com o máximo de informações possíveis relacionadas ao parente, como o nome, possíveis endereços, pessoas próximas, entre outros detalhes que possam facilitar as buscas. Em casos de desaparecimentos, a PC-CE reforça não ser necessário aguardar 24 horas para a formalidade.

As redes sociais oficiais da 12ª Delegacia do DHPP também são aliadas no processo. Diariamente, os perfis no Instagram e Facebook são atualizados com informações sobre os casos investigados, além do recebimento de denúncias via direct.

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