Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a Polícia Federal, assinaram um acordo de delação premiada. O documento ainda deverá receber aval do Ministério Público Federal (MPF) e ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Cid prestou um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na semana passada no inquérito sobre a conduta do hacker Walter Delgatti Neto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos falsos, entre eles alvarás de soltura, no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Mauro Cid é suspeito de:
- participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita;
- tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais;
- participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente;
- envolvimento nas tratativas sobre possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.
- envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.
Preso desde o dia 3 de maio, Mauro Cid é investigado por participação em um esquema de fraude em cartões de vacinação e em tentativa de golpe de Estado.
O tenente-coronel do Exército também é investigado no caso das joias estrangeiras dadas a Jair e Michelle Bolsonaro e no caso dos atos extremistas de 8 de janeiro. À Polícia Federal, ele já prestou pelo menos seis depoimentos.
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