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Taxa de sindicalização cai de 16,1% a 9,2% em 10 anos, aponta IBGE

A PNAD Contínua, levantada pelo IBGE, aponta queda expressiva na taxa de sindicalização dos trabalhadores brasileiros entre 2012 e 2022.

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15 de setembro de 2023
Portal GCMAIS

Em 2022, o Brasil registrou a menor taxa de sindicalização entre os trabalhadores nos últimos dez anos, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do módulo Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2022, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.

Taxa de sindicalização cai de 16,1% a 9,2% em 10 anos, aponta IBGE
Foto: Reprodução

Das 99,6 milhões de pessoas ocupadas, apenas 9,2% (9,1 milhões) estavam associadas a sindicatos no momento do levantamento, marcando uma queda constante desde 2012, quando esse número era de 16,1% com 14,4 milhões de trabalhadores sindicalizados. Em 2019, a taxa era de 11% (10,5 milhões).

Essa tendência de declínio na sindicalização foi observada em todas as grandes regiões do país em 2022. O Sul liderou com a maior taxa de sindicalização, atingindo 11%, seguido pelo Nordeste (10,8%), Sudeste (8,3%), Norte (7,7%) e Centro-Oeste (7,6%). Em comparação com 2012, a maior queda foi na região Sul, com uma redução de 9,2 pontos percentuais. Em relação a 2019, a maior queda ocorreu no Sudeste, que caiu 2,4 pontos percentuais, registrando uma taxa inferior a 10% pela primeira vez.

Os dados revelam que, mesmo com o aumento na população ocupada ao longo dos anos, a sindicalização não acompanhou esse crescimento. Esse fenômeno pode estar relacionado a diversos fatores, como as mudanças nas modalidades contratuais introduzidas pela reforma trabalhista de 2017, formas independentes de inserção dos trabalhadores na produção e o uso crescente de contratos temporários no setor público.

Os setores de transporte, armazenagem e correios foram os mais afetados, com uma queda de 12,5 pontos percentuais ao longo de 11 anos, passando de 20,7% em 2012 para 11,8% em 2019 e 8,2% em 2022. A agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registraram a maior taxa de sindicalização, atingindo 16,5%, devido à presença dos sindicatos de trabalhadores rurais, especialmente no Nordeste. No entanto, até essa categoria mostrou uma queda em 2022.

Os empregados com carteira assinada no setor privado e os empregados no setor público apresentaram as maiores taxas de sindicalização, com 11% e 19,9%, respectivamente. No entanto, essas categorias também experimentaram as maiores quedas nos últimos anos, de 2,9 pontos percentuais e 2,2 pontos percentuais em relação a 2019, e de 9,9 pontos percentuais e 8,1 pontos percentuais em relação a 2012.

É importante destacar que a sindicalização não depende apenas do número de trabalhadores em uma determinada atividade econômica, mas também da organização e inserção dos trabalhadores na produção, bem como do papel dos sindicatos nas relações de trabalho.

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