POLÊMICA

Datafolha: 72% dos adultos são contrários ao uso recreativo da maconha

Por outro lado, 76% dos adultos são favoráveis ao uso medicinal

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23 de setembro de 2023
Portal GCMAIS

Quase três quartos (72%) dos brasileiros são contrários à legalização da maconha para uso geral, incluído o recreativo, demonstrando aumento importante em relação a outra pesquisa Datafolha, de 2018, quando 66% declararam que usar maconha deveria continuar proibido.

Datafolha: 72% dos adultos são contrários ao uso recreativo da maconha
Foto: Divulgação

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A legalização do uso da maconha como remédio tem amplo apoio dos entrevistados pelo Datafolha: 76% são a favor, e 22% contra. A pesquisa foi realizada com 2.016 maiores de 16 anos, nos dias 12 e 13 de setembro, em 139 municípios de todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

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A pesquisa mostra que 1% da população amostrada pelo Datafolha afirma estar usando no momento algum medicamento à base de cannabis, e 2% já o fizeram. Ou seja, 97% nunca recorreram a preparados com canabidiol (CBD), tetra-hidrocanabinol (THC) e outros componentes da planta psicoativa, que vêm sendo receitados para condições como certos tipos de epilepsia.

Uso medicinal

Em coerência com o elevado apoio à maconha medicinal, 67% defendem autorizar o plantio de cannabis para produzir remédios no Brasil. Embora esses medicamentos já estejam à venda por aqui, depois de licenciados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a partir de 2015, o cultivo para obter matéria-prima de uso farmacológico segue proibido por lei.

O projeto de lei 399/2015, que prevê cultivo de maconha para fins medicinais, foi aprovado em comissão especial da Câmara dos Deputados em 2021. Desde então está parado, aguardando deliberação de outras cinco comissões.

O Datafolha perguntou, em relação mais direta com o uso recreativo, se os entrevistados eram a favor ou contra descriminalizar o porte de pequenas quantidades de maconha. Ou seja, deixar de tratar como delitos e de aplicar penas a quem é flagrado com volumes para consumo pessoal.

Hoje a lei não fixa critério quantitativo para isso, e, como resultado, magistrados terminam condenando vários usuários à prisão como traficantes. De 2005 a 2022, aumentou de 14% para 30% a proporção de encarcerados por tráfico.

Mais ricos

Só os brasileiros mais ricos, com renda superior a dez salários mínimos, apoiam majoritariamente (55%) a descriminalização da posse. Outro contingente que chega perto disso são os jovens de 16 a 24 anos, com 50%.

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