Após o lançamento da Campanha de Multivacinação no Ceará, nesta segunda-feira (2), o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), comentou a destituição do senador Cid Gomes da presidência do partido no estado. O gestor apoia o retorno do deputado federal André Figueiredo ao comando da sigla e afirmou que, dentro da legenda, as contradições devem ser “marginais”.
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“Eu defendo, há contradições naturais em todos os partidos, no entanto, as contradições devem ser marginais, devem ser na periferia, contradições no que concerne ao núcleo duro de ideologia, de pensamento, de projeto, projeto de cidade, estado, nação… não comporta divergências dessa monta. […] Quando há divergências no que procede ao projeto, aí eu acho que as pessoas devem se adequar e procurar a melhor trajetória que eles assim desejam”, disse durante coletiva de imprensa.
Na manhã desta segunda-feira (2), André Figueiredo, presidente nacional do PDT, destituiu o senador Cid Gomes da presidência estadual do partido e agora volta a comandar a sigla no Ceará. O movimento ocorre meses após um acordo, entre os dois, definindo que Cid ficaria até o fim do ano na posição.
Com isso, Figueiredo passa a acumular as posições de presidente estadual e presidente nacional do PDT. A mudança é mais um capítulo das disputas internas no partido, que desde o início do ano está dividido entre aqueles mais próximos do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (PT) e aqueles mais próximos do prefeito José Sarto (PDT) e do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT).
“Agradeço aos préstimos do Senador Cid Gomes pela interinidade, mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão, voltamos para conduzir os rumos do Partido Democrático Trabalhista no estado”, disse ele.
Guerra na presidência do PDT no Ceará
No texto, o deputado também aponta que trabalhará para fortalecer a presença do PDT nos poderes Executivo e Legislativo em todos os municípios do Ceará. Cid Gomes vinha sendo acusado de atuar como um “ditador” na presidência estadual do partido, mesmo após ter chegado ao posto por meio de acordo com André e seu grupo político.
O caso ocorreu em meio à repercussão dos desentendimentos da última reunião do diretório estadual do PDT, que aconteceu na última sexta-feira (29). Na ocasião, autoridades da legenda trocaram insultos e acusações. André Figueiredo e outros aliados integrantes do grupo de Ciro, Sarto e Roberto Cláudio saíram inconformados do encontro.
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