O grupo liderado pelo senador Cid Gomes (PDT) no Ceará conseguiu mais de 50 assinaturas para convocar uma nova reunião do diretório do partido e eleger um novo comando para a sigla no estado. O objetivo do bloco cidista é escolher uma nova Executiva para o PDT com Cid no comando permanentemente, sem possibilidades de destituição.
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Eram necessários, no mínimo, 28 assinaturas dos membros titulares da diretoria, de um total de 84. O movimento acontece após mais um capítulo da crise do PDT no Ceará na última segunda-feira (2), quando o deputado federal e presidente nacional interino do PDT, André Figueiredo, retomou a presidência estadual do partido. A destituição de Cid ocorreu meses após um acordo entre ele e André definindo que o senador ficaria até o fim do ano na posição.
Em nota divulgada à imprensa, André Figueiredo reafirmou que “nosso desejo e esforço de sempre buscar apaziguar relações e estabelecer a unidade da sigla, para que assim, possamos garantir a continuidade do desenvolvimento do PDT”. Ele diz ainda que a decisão foi tomada só após tentativas sem sucesso de “restabelecer a união partidária”.
“Agradeço aos préstimos do Senador Cid Gomes pela interinidade, mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão, voltamos para conduzir os rumos do Partido Democrático Trabalhista no estado”, disse ele.
No texto, o deputado também aponta que trabalhará para fortalecer a presença do PDT nos poderes Executivo e Legislativo em todos os municípios do Ceará. Cid Gomes vinha sendo acusado de atuar como um “ditador” na presidência estadual do partido, mesmo após ter chegado ao posto por meio de acordo com André e seu grupo político.
Cid Gomes quer retomar o comando do PDT no Ceará
Também na segunda-feira (2), em uma coletiva de imprensa, Cid afirmou que se surpreendeu com a notícia da volta de André Figueiredo à presidência do partido no Ceará e que não houve nenhum descumprimento em relação a compromissos firmados.
“Fui surpreendido hoje com a notícia de que ele [André Figueiredo] de que ele voltava à presidência alegando descumprimento de compromissos meus. Eu quero dizer textualmente que o único compromisso que eu assumi foi que ele ficaria na presidência a partir de janeiro. O que houve de fato foi um descumprimento de um compromisso por parte dele representando esse seguimento e nos obriga a voltar a posição anterior que é de convocar o diretório, meu entendimento é que o diretório tem mandato que é até 31 de dezembro de 2023. Nós vamos então convocar o diretório para eleger uma nova executiva do PDT”, disse.
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