A ativista iraniana Narges Mohammadi venceu o Prêmio Nobel da Paz de 2023, conforme anunciou nesta sexta-feira (6) o Comitê Nobel Norueguês. Mohammadi foi premiada por sua “luta corajosa” pela liberdade de expressão e sua defesa dos direitos das mulheres e da abolição da pena de morte.
Mohammadi é conhecida como uma das ativistas iranianas de mais destaque no campo dos direitos humanos, tendo sido presa 13 vezes e condenada a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas. Em 2022, ela estava cumprindo uma pena de 12 anos na prisão de Evin, em Teerã.
O comitê norueguês destacou que a prisão de Mohammadi é um exemplo da opressão das mulheres no Irã. O país tem uma longa história de discriminação contra mulheres, que são obrigadas a usar o véu islâmico e são discriminadas em questões de emprego e educação.
Os protestos de 2022 contra a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda que morreu sob custódia policial por usar o véu de forma incorreta, foram um marco importante na luta pelos direitos das mulheres no Irã. Os protestos foram amplamente sufocados pelo governo, mas eles demonstraram que a população iraniana está cada vez mais disposta a se levantar contra a opressão.
Em um comunicado, o comitê norueguês disse que Mohammadi recebeu o prêmio por sua “luta incansável” pelos direitos das mulheres e pela liberdade de expressão no Irã.
Em uma mensagem divulgada após o anúncio do prêmio, Mohammadi agradeceu ao comitê norueguês e disse que o prêmio era uma homenagem a todas as mulheres que lutam pelos seus direitos no Irã.
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