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PDT Nacional anula convocação de Cid Gomes e instaura comando provisório no Ceará

Agora, a pedetista Cristhina Brasil, que preside a Ação da Mulher Trabalhista do PDT-CE, vai comandar o partido no Ceará em caráter provisório

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6 de outubro de 2023
Igor Silveira

A crise do PDT no Ceará ganhou mais um capítulo nesta sexta-feira (6). A Executiva Nacional do partido instaurou uma comissão provisória, composta por 12 membros, que vai assumir o diretório da sigla no estado interinamente. Desta forma, a convocação realizada por aliados de Cid Gomes para realizar uma nova eleição da direção local, perdeu a validade. Agora, a pedetista Cristhina Brasil, que preside a Ação da Mulher Trabalhista e aliada do grupo de André Figueiredo (PDT) e do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), vai comandar o PDT no Ceará em caráter provisório. A vice ficou com Flávio Torres.

PDT Nacional anula convocação de Cid Gomes e instaura comando provisório no Ceará
Foto: Divulgação

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Cristhina Brasil passa a ser a única mulher a dirigir um grande partido no Ceará. A ata que a nomina no cargo já foi encaminhada à Justiça Eleitoral.

“Acolho com senso de responsabilidade e honra esta missão que me foi dada pelo PDT Nacional. Buscarei o equilíbrio para uma gestão compartilhada e democrática, composta pela representação parlamentar, os movimentos sócio-políticos e a militância aguerrida filiada ao nosso PDT do Ceará”, disse Cristhina.

O grupo liderado pelo senador Cid Gomes (PDT) no Ceará havia conseguido 49 assinaturas para convocar uma nova reunião do diretório do partido e eleger um novo comando para a sigla no estado. O objetivo do bloco cidista era escolher uma nova Executiva para o PDT com Cid no comando permanentemente, sem possibilidades de destituição. O movimento aconteceu após o deputado federal e presidente nacional interino do PDT, André Figueiredo, retomar a presidência estadual do partido. A destituição de Cid ocorreu meses após um acordo entre ele e André definindo que o senador ficaria até o fim do ano na posição.

Nesta sexta-feira (6), aliados de Cid Gomes receberam certificados da Justiça Eleitoral afirmando que o atual diretório do partido no Ceará estaria com prazo de validade expirado, e que os antigos membros estariam “inativos”. O diretório estadual também aparece como “inativado por decisão do partido”.

Crise no PDT no Ceará

Na última segunda-feira (2), o deputado federal André Figueiredo, presidente nacional do PDT, destituiu o senador Cid Gomes da presidência estadual do partido e agora volta a comandar o partido no Ceará. A mudança é mais um desdobramento das disputas internas no partido, que desde o início do ano está dividido entre aqueles mais próximos do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (PT) e aqueles mais próximos do prefeito José Sarto (PDT) e do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT).

Em nota divulgada à imprensa, André Figueiredo reafirma “nosso desejo e esforço de sempre buscar apaziguar relações e estabelecer a unidade da sigla, para que assim, possamos garantir a continuidade do desenvolvimento do PDT”. Ele diz ainda que a decisão foi tomada só após tentativas sem sucesso de “restabelecer a união partidária”.

“Agradeço aos préstimos do Senador Cid Gomes pela interinidade, mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão, voltamos para conduzir os rumos do Partido Democrático Trabalhista no estado”, disse ele.

Em uma coletiva de imprensa, Cid afirmou que se surpreendeu com a notícia da volta de André Figueiredo à presidência do partido no Ceará e afirmou que não houve nenhum descumprimento em relação a compromissos firmados.

“Fui surpreendido hoje com a notícia de que ele [André Figueiredo] de que ele voltava à presidência alegando descumprimento de compromissos meus. Eu quero dizer textualmente que o único compromisso que eu assumi foi que ele ficaria na presidência a partir de janeiro. O que houve de fato foi um descumprimento de um compromisso por parte dele representando esse seguimento e nos obriga a voltar a posição anterior que é de convocar o diretório, meu entendimento é que o diretório tem mandato que é até 31 de dezembro de 2023. Nós vamos então convocar o diretório para eleger uma nova executiva do PDT”, disse.

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