O Brasil vai convocar uma reunião emergencial da Organização das Nações Unidas (ONU) para tratar dos ataques entre Hamas e Israel. Em nota publicada neste sábado (7), o governo brasileiro condenou a série de bombardeios realizados em Israel a partir da Faixa de Gaza. Conforme o Itamaraty, até o momento, não há informações de vítimas entre a comunidade brasileira no local. Confira a nota do Ministério das Relações Exteriores, na íntegra:
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“O Governo brasileiro condena a série de bombardeios e ataques terrestres realizados hoje em Israel a partir da Faixa de Gaza, provocando a morte de ao menos 20 cidadãos israelenses, além de mais de 500 feridos. Expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel.
Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação.
Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina.
Na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil convocará reunião de emergência do órgão.
O governo brasileiro reitera seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. Reafirma, ainda, que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão israelo-palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz”.
Brasil condena ataques em Israel
Israel decretou o Estado de Alerta de Guerra após ter sido alvo de um ataque do grupo palestino Hamas, que teria disparado 5 mil foguetes.
“A operação começou com “o lançamento de mais de 5 mil foguetes em direção ao coração de Telavive”, disse Mohamed Deif, comandante das Brigadas de AlQasam, do Hamas, numa declaração pública, divulgada pela agência Maan.
O Estado hebraico diminuiu o número de foguetes para 2,2 mil, mas milicianos palestinianos armados conseguiram penetrar no sul de Israel, em pelo menos sete localizações. Israel respondeu com a operação Espadas de ferro e dezenas de aviões de combate começaram a bombardear vários pontos da Faixa de Gaza.
Em Jerusalém, os civis deixaram as ruas desertas, enquanto tropas inspecionam vias, parques e estacionamentos de centros comerciais.
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