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Cid Gomes e 17 deputados entram na Justiça contra Diretório Nacional do PDT

Cid Gomes e 17 deputados entram na Justiça contra Diretório Nacional do PDT

Foto: Divulgação

O senador Cid Gomes e 17 parlamentares em exercício e licenciados do PDT entraram na Justiça com um pedido de tutela de urgência para a concessão de uma liminar que suspenda os atos da Executiva Nacional do partido, chefiada pelo deputado federal André Figueiredo, que inativou o diretório da sigla no Ceará. A ação pede ainda que o Poder Judiciário determine que o PDT Nacional mantenha o mandato dos membros do diretório dissolvido e o edital de convocação para uma reunião extraordinária que visa a realização de uma nova eleição no dia 18 de outubro.

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“Infelizmente, pessoas que estão acostumadas a fazer do partido propriedade sua, um patrimônio pessoal seu, não aceitam a democracia, não aceitam a vontade da maioria. Até então, estávamos lutando a nível interno, dentro do partido, mas a partir do momento em que se comete o absurdo de uma pessoa entrar num sistema de informática e inativar a condição de 84 membros de um diretório do PDT do Ceará, isso nos obriga a demandar judicialmente”, afirmou o senador Cid Gomes.

A petição judicial argumenta que a medida da Executiva Nacional ocorreu de forma “abrupta e sumária”, “sem que houvesse qualquer procedimento preliminar ou administrativo”. Junto com Cid Gomes, assinaram o documento: Evandro Leitão, Eduardo Bismark, Mauro Benevides Filho, Leônidas Cristino, Idilvan Alencar, Robério Monteiro, Romeu Aldigueri, Guilherme Bismark, Guilherme Landim, Marcos Sobreira, Sérgio Aguiar, Jeová Mota, Lia Gomes, Salmito Filho, Oriel Nunes Filho, Antônio Granja e Bruno Pedrosa.

Cid Gomes aciona Justiça contra PDT

Na última semana, um dia depois da Executiva Nacional dissolver o diretório do PDT no Ceará, o senador Cid Gomes enviou uma notificação extrajudicial ao secretário da Executiva Nacional do partido, Manoel Dias, questionando os motivos que levaram a essa repentina alteração nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral, atribuindo o status de inativo ao Diretório Estadual do PDT.

A iniciativa de Figueiredo tornou neutro um movimento anunciado por Cid Gomes, que coletou assinaturas de integrantes do então diretório para convocar os membros e eleger uma nova presidência do partido no Estado.

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O grupo liderado pelo senador Cid Gomes (PDT) no Ceará havia conseguido 49 assinaturas para convocar uma nova reunião do diretório do partido e eleger um novo comando para a sigla no estado. O objetivo do bloco cidista era escolher uma nova Executiva para o PDT com Cid no comando permanentemente, sem possibilidades de destituição.

Crise no PDT no Ceará

Na última segunda-feira (2), o deputado federal André Figueiredo, presidente nacional do PDT, destituiu o senador Cid Gomes da presidência estadual do partido e agora volta a comandar o partido no Ceará. A mudança é mais um desdobramento das disputas internas no partido, que desde o início do ano está dividido entre aqueles mais próximos do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro Camilo Santana (PT) e aqueles mais próximos do prefeito José Sarto (PDT) e do ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT).

Em nota divulgada à imprensa, André Figueiredo reafirma “nosso desejo e esforço de sempre buscar apaziguar relações e estabelecer a unidade da sigla, para que assim, possamos garantir a continuidade do desenvolvimento do PDT”. Ele diz ainda que a decisão foi tomada só após tentativas sem sucesso de “restabelecer a união partidária”.

“Agradeço aos préstimos do Senador Cid Gomes pela interinidade, mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão, voltamos para conduzir os rumos do Partido Democrático Trabalhista no estado”, disse ele.

Em uma coletiva de imprensa, Cid afirmou que se surpreendeu com a notícia da volta de André Figueiredo à presidência do partido no Ceará e afirmou que não houve nenhum descumprimento em relação a compromissos firmados.

“Fui surpreendido hoje com a notícia de que ele [André Figueiredo] de que ele voltava à presidência alegando descumprimento de compromissos meus. Eu quero dizer textualmente que o único compromisso que eu assumi foi que ele ficaria na presidência a partir de janeiro. O que houve de fato foi um descumprimento de um compromisso por parte dele representando esse seguimento e nos obriga a voltar a posição anterior que é de convocar o diretório, meu entendimento é que o diretório tem mandato que é até 31 de dezembro de 2023. Nós vamos então convocar o diretório para eleger uma nova executiva do PDT”, disse.

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