Um terremoto de magnitude 6,3 atingiu a região de Herat, no oeste do Afeganistão, no sábado (7), resultando na morte de mais de 2.500 pessoas, conforme anunciado pelo governo talibã no domingo (8). As equipes de resgate estão agora em uma corrida contra o tempo para encontrar sobreviventes entre as aldeias arrasadas.
O abalo sísmico, localizado a 30 km a noroeste da cidade de Herat, foi seguido por oito tremores secundários significativos. As autoridades inicialmente relataram um número de mortos de mais de mil, mas essa cifra aumentou consideravelmente no domingo.
Em Sarboland, uma vila situada no distrito de Zinda Jan, próxima ao epicentro, testemunhas observaram dezenas de casas devastadas. Grupos de voluntários cavavam freneticamente nos escombros em busca de sobreviventes, enquanto famílias inteiras esperavam ao ar livre entre as ruínas de suas casas, com seus pertences expostos ao vento.
Bashir Ahmad, de 42 anos, um morador local, compartilhou seu desespero, dizendo: “Assim que ocorreu o primeiro tremor, todas as casas desabaram. Quem estava dentro das casas ficou soterrado. Há famílias das quais não temos notícias.”
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou no sábado (7) que o número de vítimas provavelmente aumentará à medida que as operações de busca e resgate continuam.
O terremoto causou pânico em Herat, conhecida como a capital cultural do Afeganistão, levando moradores e comerciantes às ruas em busca de segurança.
Herat, situada a 120 km a leste da fronteira com o Irã, é a capital da província de mesmo nome, abrigando cerca de 1,9 milhão de pessoas, de acordo com dados do Banco Mundial de 2019.
O Afeganistão é suscetível a terremotos, especialmente na cordilheira Hindu Kush, próxima à junção das placas tectônicas da Eurásia e da Índia.
Em junho de 2022, um terremoto de magnitude 5,9 causou mais de mil mortes e deixou dezenas de milhares de desabrigados na empobrecida província de Paktika, no sudeste do país.
Em março deste ano, um terremoto de magnitude 6,5 resultou na morte de 13 pessoas no Afeganistão e no Paquistão, perto da cidade de Jurm, no nordeste do país.
Além dos desastres naturais, o Afeganistão enfrenta uma séria crise humanitária desde a retomada do poder pelos talibãs em 2021 e a subsequente retirada da ajuda internacional.
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