O cearense Vladson Chaves estava com a família em Israel quando começaram os bombardeios. Eles voltaram em segurança para Fortaleza.
“Quero dormir dois dias seguidos”, diz cearense que voltou de Israel após bombardeios
O administrador cearense Vladson Chaves, um dos brasileiros que conseguiram voltar de modo seguro ao país depois que começaram os bombardeios em Israel, diz que pretende dormir e descansar tudo o que não conseguiu nos últimos dias. Ele embarcou para Fortaleza na última quarta-feira (11).
Perguntado sobre a sensação de conseguir voltar para casa, ele conta: “Maravilhosa. Era tudo o que eu queria, quero dormir dois dias seguidos (risos). Vários dias sem dormir direito. Sensação de alívio, gratidão, muito aprendizado e um exercício de fé também.”
Vladson conta que viajou com a família e chegou em Israel ainda no dia 2 deste mês, cinco dias antes do início dos bombardeios. Nesse período, conseguiu conhecer várias partes da região: “A gente passeou bastante, é um país lindo, vale muito a pena, emocionante. Deu pra ver muita coisa. Estivemos na Palestina, inclusive, um dia antes de ter tido o primeiro ataque, então deu pra ver inclusive parte da Palestina.”
Aos primeiros sinais do conflito, inicialmente o cearense não deu tanta importância: quando estava em Jerusalém, uma sirene tocou e os passageiros tiveram que descer do ônibus, mas Vladson pensou que “isso deve acontecer muito aqui no Oriente Médio”. No entanto, quando voltou para Tel Aviv, o cearense viu os bombardeios e os mísseis no céu de Israel, sendo interceptados, e teve que correr para o bunker para se proteger. “Aí caiu a ficha completamente que não ia ser uma coisa simples, fácil de resolver”, comenta.
Um ponto que chamou a atenção de Vladson era a calma dos israelenses frente ao ocorrido. Ele conta que os cidadãos se mantinham sempre muito calmos, como quem está acostumado à situação, e nunca demonstravam pânico. Em uma ocasião, ele conta sobre ter ouvido uma explosão e se levantar imediatamente, tendo sido então questionado por um israelense próximo a ele. “Isso foi a 10 quilômetros daqui, você só tem que correr quando a sirene tocar”, explicou o conhecido, dizendo que consultou a distância em um dos aplicativos usados para acompanhar os ataques no país.
Durante o período em que ficou imerso no conflito entre Israel e o grupo Hamas, Vladson disse que não conseguia dormir, porque o corpo ficava sempre em estado de alerta, pronto para ter que correr e se esconder no bunker a qualquer momento, na iminência de novos bombardeios. Ele e a família conseguiram deixar o país e se dirigiram a Portugal, de onde embarcaram para o Brasil em segurança.
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