Karol Eller, influenciadora bolsonarista que morreu nesta quinta-feira (12), era prima de terceiro grau da cantora Cassia Eller. Karol era assessora parlamentar do deputado estadual Paulo Mansur (PL-SP), que foi quem anunciou a morte da influenciadora, após o ocorrido. Ela também mantinha relação próxima com outros políticos apoiadores de Bolsonaro, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

As primeiras falas registradas de Karol Eller de modo favorável a Jair Bolsonaro são ainda de quando ela morava nos Estados Unidos e usava as redes sociais principalmente para falar sobre seu cotidiano no país estrangeiro. Ganha destaque, em meio a isso, um vídeo de 2016 em que ela explicava o porquê de uma mulher lésbica apoiar Bolsonaro – à época deputado e ainda dois anos antes de sua primeira candidatura presidencial.

A influencer tinha o hábito de rebater críticas de opositores a Bolsonaro, alegando que o ex-presidente não é homofóbico. “Tem muita gente que só quer viver a sua vida sem perturbar ninguém, e eu sou desse tipo. Acho que a minha sexualidade não é da conta de ninguém, não tem que ser exposta e ninguém tem que dar pitaco”, disse ela, em uma ocasião.

Karol fez campanha a favor de alguns dos principais candidatos bolsonaristas nas eleições que se seguiram, como o próprio deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente.

Em uma ocorrência de dezembro de 2019, Karol e a então namorada se envolveram em uma briga com um homem, em uma praia no Rio de Janeiro, e o acusaram de homofobia – a denúncia tinha inconsistências, conforme a apuração policial, e ela que acabou denunciada por crime de calúnia, além de porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal.

Ela integrou o governo federal, durante a gestão de Bolsonaro, no mesmo ano, tendo ingressado na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Ela permaneceu na EBC até o início de 2023, quando tomou posse o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e foi exonerada. Também em janeiro de 2023, Karol Eller participou dos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília, apesar de negar que tenha participado dos atos de vandalismo e invasão das sedes dos Três Poderes. Já em março deste ano, começou a atuar como assessora de Paulo Mansur, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

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