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Justiça anula validade de votação do PDT minutos após Cid ser eleito presidente estadual

Justiça anula validade de votação do PDT minutos após Cid ser eleito presidente estadual

Foto: Roque de Sá / Agência Senado

A Justiça anulou, nesta segunda-feira (16), a validade da reunião do PDT cearense que elegeu o senador Cid Gomes como novo presidente estadual, em meio à disputa interna de poder no partido. A decisão veio da juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28ª Vara Cível de Fortaleza.

O senador havia vencido a eleição do diretório minutos antes, com 48 votos favoráveis. A reunião foi convocada por seus aliados 10 dias atrás, com o objetivo de fazer uma nova eleição para o diretório estadual e devolver a Cid a presidência do partido. Ele, anteriormente, foi destituído do cargo pelo presidente federal da sigla, deputado André Figueiredo, que representa o grupo antagônico ao senador dentro do PDT.

Conforme o entendimento da Justiça, a reunião extraordinária convocada pelos partidários não respeitou os trâmites necessários para ser realizada, incluindo a convocação com um mínimo de 20 dias de antecedência e inscrições para registro de chapa para a eleição até as 18h do 5º dia anterior à realização da votação.

Cid Gomes, ao saber do ocorrido, considerou que a juíza foi induzida ao erro e que a petição faz referência a exigências que não se aplicavam a essa situação.

O PDT cearense hoje vive uma disputa interna com um bloco liderado por Cid Gomes – mais próximo do governo Elmano de Freitas (PT) e favorável a integrar a base governista – e um formado por nomes como André Figueiredo, José Sarto, Roberto Cláudio e Ciro Gomes – que defendem que o partido se mantenha na oposição ao governo estadual. O comando nacional está com André Figueiredo, pertencente a este segundo grupo, mas os aliados de Cid são hoje maioria no PDT cearense e tentam tomar para si o comando do partido em âmbito estadual.

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Cid e André chegaram a firmar um acordo de alternância da presidência estadual, com Cid tendo assumido em julho para ficar até dezembro, quando apoiaria a volta de Figueiredo. No entanto, o agravamento das tensões internas fez Figueiredo voltar atrás no acordo e destituir Cid.

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