Um relatório da Agência das Nações Unidas de Assistência para Refugiados da Palestina (UNRWA) divulgado nesta terça-feira (17) revelou que, por cerca de três horas, uma linha de abastecimento de água na fronteira sul da Faixa de Gaza com o Egito foi aberta para fornecer água potável à população. No entanto, essa abertura se mostrou insuficiente, atendendo apenas metade da população de Khan Yunis, estimada em quase 100 mil habitantes.
A UNRWA enfatizou a gravidade da situação, destacando a importância vital da água para a sobrevivência dos palestinos, uma vez que a falta desse recurso básico pode resultar em mortes. A agência expressou preocupações com a desidratação e doenças transmitidas pela água devido ao colapso dos serviços de água e saneamento, incluindo o fechamento da última usina de dessalinização de água do mar em Gaza.
Outro ponto crítico é a escassez de combustível em Gaza. A UNRWA apontou que são necessários 600 mil litros de combustível diariamente para manter em operação as instalações de dessalinização de água salgada, cruciais para a obtenção de água potável.
A situação nos hospitais também é alarmante, uma vez que a previsão é que os estoques de combustível durem apenas mais 24 horas. O colapso dos geradores de reserva representa um risco significativo para a vida de milhares de pacientes.
O relatório da UNRWA ressaltou que os bombardeios continuam intensos, com as forças israelenses atacando Khan Yunis e outras áreas do sul, apesar das diretrizes para que os residentes de Gaza se desloquem para o sul.
A ajuda humanitária da ONU está atualmente no Egito, aguardando a oportunidade de entrar na Palestina. O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que a organização tem suprimentos disponíveis, incluindo alimentos, água, suprimentos médicos e combustível em países vizinhos, prontos para serem despachados em questão de horas, desde que haja segurança e acesso sem obstruções para o transporte desses suprimentos para Gaza. (Com informações da Agência Brasil)
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